A volta dos grandes projetos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) aliada à obrigatoriedade da presença de arqueólogos em obras que possam causar impactos ambientais explicam o aumento de até 100% na contratação desses profissionais nos últimos três anos. A formação acadêmica também ganha força com a criação de novos cursos de graduação e especialização.
Segundo Denise Pahl Schaan, presidente da Sociedade de Arqueologia Brasileira, os serviços para empresas já se destacam em relação às pesquisas acadêmicas, que sempre caracterizaram a arqueologia no pais. Renato Kipnis, diretor da Scientia Consultoria, especializada na prestação de serviços nessa área, conta que a demanda dobrou nos últimos anos. Um exemplo do novo tipo de trabalho é o que está sendo realizado pelo arqueólogo paulista Francisco Pugliese. Há três meses, foi chamado para coordenar um estudo na bacia do rio Madeira, em Rondônia, com a missão de levantar o patrimônio arqueológico na região da usina hidrelétrica Santo Antônio. "A equipe já encontrou vestígios de sete mil anos de ocupação indígena".