A Cesp (Companhia Energética de São Paulo), controlada pela Secretaria da Fazenda do governo paulista, abandonou de vez o plano de privatização, sob o qual ficou amarrada durante toda a década passada, informa Agnaldo Brito na edição de hoje da Folha. A reportagem completa está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL.
O governador José Serra é pré-candidato à Presidência pelo PSDB, e o PT deve usar a questão das privatizações na campanha, como fez em 2006. Serra ordenou que a Cesp retome planos de investimento e, ainda que de forma tímida, siga os passos trilhados pela Cemig, a estatal mineira. A Cemig é hoje uma das companhias que mais investem na expansão da capacidade de produção.
O sinal para a mudança de rumo foi dado pelo governo de São Paulo há três semanas, quando o Conselho de Administração da Cesp indicou Vilson Daniel Christofari como novo diretor-presidente. Ele assumiu o posto em 19 de janeiro, no lugar de Guilherme Augusto Cirne de Toledo, homem com longa história na Cesp, responsável por todo o plano de privatização da companhia.
O novo presidente tem agora mandato para retomar os planos de investimento, que começam de maneira muito tímida. Segundo o novo diretor-presidente, a Cesp prospecta projetos em duas frentes: retomar estudos antigos para aproveitamento de pequenas centrais hidrelétricas no território paulista e avaliar empreendimentos de fazendas eólicas também em São Paulo, sobretudo em áreas da própria companhia.