Por falta de pagamento, os médicos do Hospital Auxiliadora de Três Lagoas suspenderam o atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), desde ontem. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, os profissionais ainda não receberam o pagamento referente ao mês de novembro, por isso resolveram atender apenas aos casos de urgência e emergência.
Ontem, por exemplo, foram desmarcadas quatro cirurgias eletivas, assim como os demais atendimentos que não são considerados de urgência e emergência. Ao todo, de acordo com informações da assessoria de imprensa, 103 médicos atendem no Auxiliadora e a maioria teria aderido a esse movimento.
A assessoria informou ainda que a Prefeitura repassou, na tarde de sexta-feira, R$ 400 mil para o hospital. O valor representa 40% do pagamento do salário dos médicos. Restam ainda R$ 600 mil, que são de responsabilidade do governo do Estado. Esse recurso é depositado pelo governo estadual na conta da Prefeitura, que o repassa ao Hospital.
“O valor acordado entre a Prefeitura, Estado e Hospital foi de R$ 1 milhão para equilíbrio financeiro das suas despesas. Um novo contrato será firmado ainda no mês de janeiro. Quatro cirurgias eletivas foram canceladas e os médicos continuam atendendo aos casos de urgência e emergência”, diz a nota divulgada pela assessoria de imprensa do hospital.
Entre as cirurgias eletivas suspensas estão as de laqueadura, hérnia, vasectomia, urológica, entre outras. Tanto a prefeita Márcia Moura quanto a secretária de Saúde, Eliane Brilhante, informaram que a Prefeitura não deve nada ao hospital. A parte da Prefeitura foi cumprida, segundo elas. Resta apenas o repasse do Estado. As duas representantes do Executivo informaram que estariam entrando em contato com a secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, para saber o que teria ocorrido em relação à verba do Estado.
Segundo Eliane Brilhante, Beatriz disse que o valor já tinha sido empenhado e que daria uma resposta ao Executivo sobre o repasse ainda hoje. No período da tarde, inclusive, acontecerá uma reunião em Campo Grande, quando deve ser indicado pelo Estado e Prefeitura o diretor técnico que irá atuar na administração do hospital. Além desse profissional, um contador também será indicado para trabalhar no Auxiliadora.
Assim que for nomeado o diretor técnico, de acordo com Eliane Brilhante, terá início a gestão compartilhada entre hospital e Prefeitura. Isso deve ocorrer ainda nesta semana.
