
Os bancários de Três Lagoas retomaram a greve ontem. Apenas a agência do Banco do Brasil funcionava normalmente, porém, no final da tarde, acabou aderindo à paralisação. Todos os 140 funcionários das sete agências bancárias haviam aderido à mobilização nacional no dia 28 de setembro. Na semana passada, entretanto, eles reabriram as portas. Sem propostas por parte dos banqueiros, a classe resolveu novamente manter as agências sem funcionamento em protesto por melhores salários e condições de trabalho.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários, Thelma Regina Gomes Rocha Canisso, a greve é por tempo indeterminado. Apenas os caixas eletrônicos funcionam normalmente. Ela destacou que a população pode ir até as casas lotéricas pagar as contas. “Se o boleto vencer, o consumidor deve ligar para a empresa e buscar uma solução, uma vez que os juros correm normalmente, mesmo com a greve”, explicou. Devido à greve, as filas nas lotéricas estavam extensas. Quem precisou pagar contas teve que ter paciência para aguardar durante horas. Segundo Thelma, será comum ver essa cena, pois alguns dos serviços realizados nos bancos podem ser também resolvidos nas lotéricas.
Os bancários reivindicam reajuste salarial de 12,8%, cinco pontos percentuais acima da inflação de 7,8%, medida no último ano pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), entretanto, ofereceu 8% de reajuste. Um bancário recebe, em média, R$ 1.260, mais benefícios.
CORREIOS
Uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) pode pôr fim à greve dos Correios. A greve será julgada hoje à tarde pelo TST. Em Três Lagoas, 11carteiros aderiam à paralisação há 25 dias. Conforme o secretário de políticas sindicais do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos de Mato Grosso do Sul (Sintec/MS), Geraldo Ramires, a classe reivindica que o piso salarial seja de R$ 1.635, mais repasse de 31,57% de reposição salarial. Atualmente, os carteiros do município recebem R$ 807, um vale-refeição de R$ 690,00 e 30% de adicional de risco sobre o salário.
Em Mato Grosso do Sul, funcionários de várias agências estão parados desde a última terça-feira, no total de 1.400 – dos quais 800 são de Campo Grande.