A falta de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal pode ter ocasionado a morte de recém-nascido no município na madrugada de ontem. A menina, que se chamaria Alice, morreu por volta das 0h30, com apenas três dias de vida. O bebê nasceu prematuro no Hospital Unimed por volta das 8h de sexta-feira. Ele foi encaminhado à incubadora e respirava sem a ajuda de aparelhos. Porém, por volta das 17h do mesmo dia, o médico que fez o parto emitiu um laudo indicando que a criança precisava de uma vaga na UTI neonatal, pois o pulmão não estava formado e precisava da ajuda de aparelhos para “amadurecer”.
De acordo com o promotor de justiça Fernando Marcelo Peixoto Lanza, o caso chegou ao Ministério Público Estadual (MPE) por meio do Conselho Tutelar, por volta das 22h de sábado. Ele disse que passou a tentar uma vaga na UTI de Campo Grande, porém somente às 11h30 de domingo foi informado de que não seria possível devido à falta de leito no hospital da capital. “O pai estava desesperado. Eu já não sabia mais a quem recorrer. Resolvi ligar para a vice-governadora do Estado Simone Tebet (PMDB)”, disse. Segundo Lanza, meia hora após ter feito a ligação, a assessoria retornou dizendo que havia conseguido a vaga.
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O pai foi comunicado. Porém, às 14h de domingo, o promotor foi avisado de que o leito disponível havia sido ocupado por outro bebê. “Faltou liberar a senha que garante a reserva da vaga”, explicou. Por volta das 17h, a vaga foi mais uma vez liberada, só que dessa vez, com a senha. Mas a família passou a vivenciar mais um drama: conseguir uma ambulância. O veículo adaptado que havia sido encaminhado pela Secretaria de Saúde estava com um dos aparelhos (o de oxigênio artificial) quebrado. “Só conseguiram uma nova ambulância às 20h de domingo”, disse.
Confira a matéria completa na edição Nº 4.842, de 13 de dezembro do Jornal do Povo.
