
A famosa pergunta na hora de pagar, “Você tem moedas” é cada vez mais frequente no comércio de Três Lagoas. Não é de hoje que estabelecimentos comerciais sofrem com a falta de moedas na hora de dar troco aos consumidores. Para driblar a situação, muitos locais estão em busca troca desse item para abastecer os caixas.
Um dos motivos da escassez de moedas, segundos os comerciantes da cidade, são os cofrinhos. É para lá que estão indo a maioria das moedas disponíveis na praça. Outro fator citado são os fliperamas e máquinas similares, que armazenam centenas de moedas.
O brasileiro sempre procura de forma criativa buscar ideias para solucionar alguma dificuldade. Dessa vez para incentivar o resgate de moedas, os comerciantes estão incentivando com brindes e prêmios, quem levar moedas para troca.
Em um restaurante e lanchonete localizado no centro de Três Lagoas, o proprietário conseguiu na base da amizade. Algumas pessoas que frequentemente levam alto valores em moedas para troca, como brinde ele oferece um almoço em seu estabelecimento àqueles que o ajudam.
“Geralmente eu converso com a pessoa, ou quando fico sabendo de alguém que tem moedas, para deixar aqui comigo. Além de reembolsar o valor eu dou em troca um suco e salgado, se o valor for maior um almoço para o casal”, explicou o proprietário Robson Freitas.
Nos supermercados também acontece essa troca. O subgerente José Joaquim de uma rede de supermercados comentou. “ Tenho clientes que trazem moedas, e em troca oferecemos pão. Senão fosse essa ajuda ficaria complicado, conseguir tanta moeda”.
Nesses dois locais, eles ressaltaram a importância da colaboração desses clientes. Quando não há alternativas, eles comentaram que são obrigados a oferecer balas, chiclete ou outros itens, quando o cliente aceita, ou arredondam para menos o valor da conta.
No ano passado, foi aprovada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul a lei que proíbe trocos em forma de balas, chocolates, etc. Pela Lei, na falta de troco, o comerciante é obrigado a arredondar o valor para menos.
Entre as moedas que mais estão em falta aparecem as de 5,10, 50 centavos e um real.
Tentando resolver a solução, uma lotérica da cidade colocou cartaz, há quase um ano, com recado aos clientes pedindo que tragam moedas. A medida surtiu efeito e começaram a aparecer pessoas que pagam as contas somente com moedas.
José Oswaldo Pretto, gerente da Lotérica, comenta que quando não há moedas para troco, as caixas arredondam o valor sempre para menos, e são obrigadas a deixar o saldo do caixa negativo, no final do dia. Em dias de grande movimento, chega a faltar de R$ 5 a 6, por funcionária.
“Muitos clientes não aceitam quando não temos troco e precisamos arredondar, em alguns casos eles até discutem com as funcionárias”, desabafou Preto.