O número de casos graves de dengue registrados no primeiro semestre de 2011 em Mato Grosso do Sul é 93,5% menor que o notificado no mesmo período do ano passado. O número de óbitos também teve queda significativa, baixando de 41 para 3 – uma redução de 92,7%.
Os dados foram divulgados hoje pelo Ministério da Saúde e seguem tendência verificada em todo o País. No entanto, a redução verificada no estado foi bem superior às médias nacionais. No Brasil, como um todo, o número de casos graves notificados no primeiro semestre caiu de 14.685 para 8.102, uma redução de 45%. Foram registrados 310 óbitos no período, 44% a menos que os 554 verificados no ano passado.
A maior parte dos casos graves confirmados (57%) está concentrada nas regiões Sudeste e Nordeste, nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Ceará.
O número geral de notificações – graves ou não – também teve redução expressiva. No primeiro semestre do ano passado, Mato Grosso do Sul teve 61.616 casos. Este ano, o total registrado no período foi de 12.712, uma queda de 79%. A média nacional é bem mais modesta: queda de 18%, de 874.793 para 715.666 casos.
O balanço foi apresentado pelo ministro Alexandre Padilha e pelo secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. Padilha atribuiu a queda no número de casos graves à organização da rede pública de saúde em todo o país, à ampliação no fluxo de atendimento e, sobretudo, ao diagnóstico precoce. “Contribuíram para essa redução o esforço dos profissionais de saúde e o controle dos focos do mosquito pelas equipes de vigilância”, afirmou.
O ministro também reforçou o papel da participação da população no combate à doença. “No segundo semestre, vamos aumentar a mobilização fazendo ações junto à população”, adiantou.
Embora o ministério tenha atingido a meta de reduzir os casos de dengue, as ações não serão amenizadas. “Temos vários tipos de vírus circulando e pessoas suscetíveis, que não foram contaminadas. Portanto, não devemos reduzir as ações, mas, pelo contrário, reforçá-las”, disse Padilha.