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Três Lagoas

Diversidade de plantação foi discutida em workshop

A cidade tem espaço suficiente para manter o número de árvores necessário para atender à demanda das empresas Fibria

Palestrante  orienta produtores sobre orçamentos -
Palestrante orienta produtores sobre orçamentos -

Cerca de 100 produtores agrícolas participaram ontem do workshop “Mais Floresta”, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul (Senar/MS). O objetivo do encontro foi orientá-los sobre a importância em plantar árvores de eucalipto de forma sustentável e diversificada, sem prejudicar a atual plantação de cada produtor rural. De acordo com Ademar Silva Júnior, vice-presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente do Conselho Administrativo do Senar/MS, eles tiveram acesso a informações importantes, como a agricultura de baixo carbono, ecologicamente correta, e sobre os recursos necessários para se tornar um cultivador de eucalipto. “Três Lagoas é a ‘bola da vez’ na plantação de eucalipto para a produção de papel e celulose, por isso é importante ter conhecimento sobre o plantio correto”, disse.

Já o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul/MS), Eduardo Riedel, destacou a possibilidade de ter uma renda maior através do plantio de eucalipto. Para ele, o produtor rural pode ganhar mais dinheiro, caso amplie seu negócio. “Durante o curso, eles aprenderam até como plantar adequadamente essas árvores. Agora, eles estão mais seguros para investir em uma nova área”, disse Riedel. Destacou que Três Lagoas tem espaço suficiente para manter o número de árvores necessário para atender à demanda das empresas Fibria, já em operação, e da Eldorado, que deve começar a produzir no próximo ano.

O secretário de meio ambiente, por sua vez, destacou que o workshop serviu não apenas para ampliar o conhecimento do público-alvo, mas também para tirá-lo da “zona de conforto”. “Muitos estavam acomodados enquanto poderiam aumentar a renda mensal da família”, disse. Ele chamou a atenção dos produtores quanto à importância em preservar o meio ambiente. “É necessário preservar um espaço determinado por lei. Caso isso não aconteça, correremos o risco de o município ser transformado apenas em uma grande floresta de eucaliptos, tirando a sua característica cultural”, concluiu.