Sexo, drogas e o som das grades da Unei (Unidade Educacional de Internação). Após matarem aula para consumir drogas, fazer sexo com meninas de até 12 anos e consumir álcool, dois adolescentes do “Congresso do Bulimento” serão internados pelos atos infracionais de formação de quadrilha e tráfico de drogas. O promotor da Infância, Adolescência e Juventude em Campo Grande, Sérgio Harfouche, comenta sobre a falta de referência e valores morais que levam a esse tipo de crime:
“Eles perderam valores que muitas vezes não são passados pelos pais, muito menos pelas escolas. Falta disciplina e o governo quer se meter em assuntos como sexo. Jovens dizem que as campanhas do governo às vezes até estimulam a prática de atos sexuais cada vez mais cedo. Os pais deveriam ser orientados, assim eles poderão nortear os filhos”, argumenta o promotor.
Sete adolescentes responderão pelos atos infracionais de formação de quadrilha e estupro de vulnerável. Porém, Harfouche afirma que a promotoria passou o caso para o poder judiciário, para que cada jovem seja analisado individualmente. Um dos adolescentes que será encaminhado para a Unei responde também por roubo e receptação.
Enquanto aguardam julgamento, todos serão submetidos à programas de reeducação e disciplinaridade, as chamadas medidas socioeducativas. “Nós sabemos que os adolescentes sabiam o que estavam fazendo, eles assumem que tinham consciência de que aquilo era errado, mas não acreditavam que seriam punidos. A intenção das medidas é fazer com que os adolescentes não se envolvam em atos criminosos”, afirma Harfouche.