Dois trabalhadores foram presos pela Polícia Militar acusados de incitar atos de vandalismo durante a greve dos trabalhadores e também de atear fogo em dois veículos. Segundo informações do tenente-coronel, Wilson Sérgio Monari, comandante do 2º Batalhão da PM, em um dos casos, a polícia conseguiu até mesmo filmagens que comprovam os delitos.
Três Lagoas
Dois são presos acusados de incitar atos de vandalismo
Ação dos policiais foi para garantir a segurança daqueles que estavam dispostos a retornar ao trabalho
A Polícia Militar acompanha a situação dos trabalhadores da UFN-III desde o início da greve. No entanto, segundo o comandante, a ação dos policiais foi para garantir a segurança daqueles que estavam dispostos a retornar ao trabalho no canteiro de obras. “Desde o início da greve, a PM esteve presente [na Unidade de Fertilizantes] todos os dias. Não para causar qualquer tipo de confronto, pelo contrário, estávamos lá para dar segurança aos trabalhadores que quisessem voltar ao trabalho. Inclusive, para garantir o cumprimento de ordem judicial do Tribunal Regional do Trabalho, que decretou a greve como ilegal. A presença da polícia foi solicitada para garantir o direito de ir e vir dos trabalhadores, arrematou Monari”.
A segurança dos trabalhadores foi garantida por aproximadamente 120 policiais de Três Lagoas e da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe), de Campo Grande, que chegou ao município na manhã de segunda-feira. Já para esta quarta-feira, novo reforço deverá ser enviado ao município pela Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). O número de policiais, porém, não foi revelado. “Esses policiais visam dar segurança tanto aos trabalhadores quanto à população três-lagoense”, concluiu Monari.
DETIDOS
Conforme o comandante da PM, os dois detidos, identificados até o fechamento dessa edição apenas pelos apelidos (Gaúcho e Piauí) foram encaminhados para a Delegacia da Polícia Federal. “A destinação para a PF deve-se ao fato de os delitos terem sido praticados em uma rodovia federal”, completou Monari.
Segundo a PF, eles prestaram depoimento na noite de ontem e seriam transferidos no mesmo dia para a Penitenciária de Segurança Média da cidade.
Além dos dois, o presidente da Federação dos Trabalhadores da Indústria da Construção Imobiliária de Mato Grosso do Sul, Webergton Sudário, mais conhecido como Corumbá, também chegou a ser detido, mas foi liberado logo após prestar depoimento. O esquema de segurança também contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal.