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Três Lagoas

Estado e município são condenados por falta de acessibilidade em prédio público

Ação civil pública movida pelo Ministério Público pede readequação do quartel do Corpo de Bombeiros

Quartel do Corpo de Bombeiros está em obras para ampliação - Arquivo/JP
Quartel do Corpo de Bombeiros está em obras para ampliação - Arquivo/JP

O governo estadual e a Prefeitura de Três Lagoas terão, sob pena de multa, 180 dias para apresentar um projeto arquitetônico e cronograma de obras de adaptação do prédio do 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros da cidade. A decisão é da juíza de Direito, Aline Beatriz de Oliveira Lacerda, da Vara de Fazenda Pública e Registros Públicos da comarca de Três Lagoas, favorável à ação civil pública movida pelo promotor de Justiça, Antônio Carlos Garcia de Oliveira.

De acordo com informações do Ministério Público Estadual, tanto o município quanto o Estado terão de promover adaptações para acesso de deficientes, com sinalização obrigatória em lei – e devendo constar o Símbolo Internacional de Acesso (SIA) – observando as normas técnicas aplicáveis e as recomendações do Conselho Regional de Engenharia (Crea), que possui comissão permanente de acessibilidade.

A Justiça determina ainda que sejam apresentados cronogramas das obras necessárias, como a construção de calçada, área permeável, levantamento de sarjetas, pintura horizontal na cor amarela e preta nos portões de saída de veículos, rampas de acesso entre outros equipamentos obrigatórios, como banheiros e bebedouros adaptados. Pela decisão, estado e município têm dois anos para promover as obras a contar da apresentação dos projetos, que têm 180 dias para serem entregues.

A multa, em caso de descumprimento desses dois prazos, será de R$ 2 mil ao dia, limitada a R$ 50 mil.

Na petição inicial, o promotor de Justiça do Urbanismo e Meio Ambiente, Antônio Carlos Garcia de Oliveira, informou que as adequações visam atender ao número de habitantes deficientes existentes no município.  “Só para constar, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em Três Lagoas temos mais de quinhentas pessoas com tetraplegia, paraplegia ou hemiplegia permanente; quase duzentas que não tem membro ou parte dele; mais de oito mil pessoas com alguma dificuldade permanente de enxergar; e chega a quase quatro mil o número de cidadãos com alguma ou grande dificuldade permanente de caminhar ou subir escadas e exercer a cidadania”, afirma.

O promotor também cita que a falta de acessibilidade afeta os idosos do município. (Com informações de assessoria de imprensa)