Um espaço fixo e coberto para a realização da feira noturna poderia ter evitado o prejuízo de vários feirantes na última quarta-feira (12), quando uma forte chuva com rajadas de ventos e descarga elétrica atingiu a cidade.
No dia, eles precisaram sair às pressas deixando para trás alguns alimentos. De acordo com um dos feirantes, Jair Bertalli, alguns colegas tiveram perda de 100% por não terem conseguido desmontar a barraca antes da chuva. “Os mais prejudicados foram os comerciantes da praça de alimentação. Alguns até desmaiaram após levarem choques”, disse.
Ele contou que, há dois anos, os feirantes aguardam um local fixo para trabalhar. “Na época em que a prefeita Márcia Moura (PMDB) era secretária de desenvolvimento, ela prometeu nos ceder um espaço. Até nos levou até Campo Grande para conhecermos a estrutura da feira da capital. Aprovamos o que vimos lá, mas até agora nada de esse projeto tornar-se realidade no município”, disse.
Ressaltou ainda que a feira livre já faz parte do calendário do município e que é uma área de lazer dos três-lagoenses, por isso já deveria existir uma estrutura mais apropriada.
Segundo Bertalli, como forma de desabafo, algumas fotos da destruição das barracas causada pela chuva forte foram postadas no blog da Associação dos Feirantes (feiratres.blogspot.com). Na página da internet, algumas mensagens foram postadas com o seguinte apelo: “conclamamos com urgência a presença do poder público em nosso favor, a fim de que não sejamos novamente vítimas das intempéries!”
PREFEITURA
De acordo com o secretário de desenvolvimento econômico, Marco Garcia de Souza, o Poder Público já se manifestou oficialmente para comunicar aos feirantes que o local desejado por eles – nas proximidades da Estação Ferroviária – ainda é da União.
Assim que passar a ser do município, após as retiradas dos trilhos, provavelmente no próximo ano, representantes da Prefeitura sentarão com os feirantes para discutir a construção de um ponto fixo naquele local.
Marco adiantou que o espaço até pode ser cedido aos feirantes, desde que eles proponham mais dias de funcionamento da feira livre. “Não podemos investir em uma estrutura para ser utilizada apenas duas vezes por semana”, disse.
Leia a matéria completa na edição impressa do Jornal do Povo deste sábado 15/10/2011