Os professores das redes públicas de ensino dos municípios e do Estado de Mato Grosso do Sul irão parar nos dias 14, 15 e 16 de março, para lutar por questões como o investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação, a implantação do PNE (Plano Nacional de Educação), o cumprimento integral da Lei do Piso Nacional, onde entra a implantação de 1/3 de hora-atividade para o magistério. Com o intuito de mobilizar a categoria, a diretoria da FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) está participando de assembleias e reuniões nos sindicatos de base filiados a Federação.
Nesta quinta-feira (16) a diretoria da FETEMS, está presente na reunião de representantes sindicais da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), na parte da amanhã o debate foi com a rede estadual de ensino e na parte da tarde, a partir das 15hs, será com a rede municipal.
Segundo o presidente da FETEMS, Roberto Magno Botareli, as questões que estão sendo reivindicadas na paralisação nacional de março, iniciativa da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), que acontecerá no país todo, organizada pelos sindicatos dos trabalhadores em educação, atingem diretamente a categoria. “As bandeiras de luta nacional atingem diretamente a categoria nos estados, além disso, vamos incorporar lutas nossas como 1/3 de hora-atividade e o cumprimento de questões como o pagamento do Piso Salarial Nacional nos municípios”, afirma.
Roberto disse ainda que a mobilização é fundamental para que as ruas de Campo Grande e dos municípios sejam tomadas e que o poder público entenda que a valorização profissional é o caminho para a conquista de uma educação pública de qualidade.
Para a professora Olinda Conceição da Silva, a FETEMS está cumprindo o seu papel de estar presente no sindicato fortalecendo a mobilização para a paralisação nacional. “A Federação está presente esclarecendo questões e tirando dúvidas. Agora cabe a nós, representantes sindicais e a ACP, mobilizar a nossa categoria, juntamente com a FETEMS, e parar as escolas públicas na luta pelos nossos direitos, pois infelizmente esta é a linguagem que o poder público entende e a sociedade sabe que para conquistarmos uma educação digna, humana e igualitária precisamos pressionar”, disse.
Já para o professor Rodrigo da Costa Pellini, o empenho na mobilização da categoria deve ser de todos enquanto dirigentes sindicais e trabalhadores que acreditam na luta por melhorias na educação pública de MS. “Hoje estivemos aqui debatendo o porque parar, amanhã já temos que estar dentro das nossas escolas conversando e convencendo os nossos companheiros a somarem conosco nesta luta. Contamos com a participação ativa do nosso sindicato representativo, que é a ACP, com a nossa Federação, para que somem conosco e nos ajudem nesta mobilização”, ressalta.
A Paralisação Nacional em Mato Grosso do Sul terá a seguinte programação: No dia 14 os municípios realizaram atividades como panfletagem, passeatas e assembleias, no dia 15 os trabalhadores em educação realizarão uma grande passeata em Campo Grande, com a presença da categoria de todo o Estado e no dia 16 os municípios debaterão questões relacionadas ao PNE.