O diretor-corporativo da Fiems e diretor-regional do Senai, Jaime Verruck, destacou, nesta sexta-feira (24), durante o seminário “Reflexos do Novo Modelo de Produção e suas Repercussões nas Relações de Trabalho”, realizado em Três Lagoas pela Escola Jurídica do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso do Sul (TRT-MS), os desafios da educação profissional frente ao acelerado crescimento industrial no Estado.
Ele explicou ao público presente no anfiteatro das Faculdades Integradas de Três Lagoas (Aems) que o Sistema Fiems busca traçar o novo perfil do trabalhador exigido pelas indústrias com a inserção de novas tecnologias.
“O nosso maior desafio está relacionado à educação. Para qualificar um profissional, ele precisa ter uma educação superior à média atual. Caso contrário, ele será incapaz de absorver o que for ensinado e ficará de fora do processo industrial”, disse Jaime Verruck, citando que 9,7% da população de Mato Grosso do Sul é analfabeta, enquanto 33% não possui mais de quatro anos de estudos e 57% frequentou sala de aula por oito anos. “O maior desafio é acelerar a educação deste público, aumentando o tempo de estudo em mais quatro anos”, completou.
Para atingir a meta, o diretor-corporativo da Fiems aposta em parcerias com poder público, destacando as iniciativas tomadas pela Fiems, por meio da formação de jovens e adultos pelo Sesi, e também o projeto de educação à distância que o Senai desenvolve e que, a partir de 2011, será oferecido também nas bibliotecas da Indústria do Conhecimento do Sesi que já espalhadas por 17 cidades do Estado.
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Segundo o desembargador do trabalho Francisco das Chagas Lima Filho, diretor da Escola Judicial do TRT-MS, o seminário faz parte de um projeto de interiorização da instituição sediada em Campo Grande. “O evento estava agendado desde dezembro do ano passado e marca o encerramento das atividades de extensão da escola para este ano. Ele é uma extensão das atividades da Escola Judicial, sendo que já passamos por cidades como Dourados e Coxim”, informou.
No caso de Três Lagoas, completou Francisco das Chagas, o evento buscou, além da democratização e interiorização da Justiça do Trabalho, levar a discussão em torno da qualificação profissional e ambiente de trabalho. “O tema foi escolhido devido ao processo acelerado de industrialização em que a cidade se encontra. Hoje, Três Lagoas é o foco da industrialização e, como sabemos, todo processo industrial traz benefícios e malefícios.
A nossa meta é contribuir para a discussão e esclarecimento do tema e também compartilhar com a comunidade as nossas preocupações, principalmente, no que se refere ao desenvolvimento sustentável, respeitando o trabalhador”, pontuou.
