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Três Lagoas

Gansos são feridos por iscas artificiais na lagoa

Os animais foram encaminhados a uma clínica veterinária para a retirada das iscas

Um deles estava com a isca encravada na cervical -
Um deles estava com a isca encravada na cervical -

Uma cena chocou os visitantes da Lagoa Maior, na tarde desta quarta-feira. Dois gansos carregavam iscas artificiais cravadas na pele. Isso porque esses artefatos foram deixados no gramado por pescadores que não mediram as consequências que poderiam ser provocadas pelas iscas. Lindimberg Lima, motorista e morador de Dourados, foi quem denunciou o caso para a Polícia Militar Ambiental (PMA) e à TV Concórdia, empresa do Grupo RCN de Comunicação.

Lima deixou clara sua indignação. Para ele, a pesca deveria ser proibida na lagoa. “Acredito que poderiam realizar um evento de pesca esportiva com o acompanhamento de profissionais. Fora isso, a pesca no local deveria ser proibida”, disse. A corretora de imóveis Fabiana Fonseca concordou com o depoimento de Lima. Ela disse ainda que os pescadores não se importam com meio ambiente, tampouco com os animais da área. “Eles simplesmente deixam a sujeira e vão embora”, destacou.

Os animais foram encaminhados a uma clínica veterinária para a retirada das iscas. Segundo o médico veterinário que atendeu o caso, José Mário Guerreiro, um dos gansos estava com um ferimento mais grave. “A retirada do artefato foi bem delicada porque ele estava enterrado 10 cm dentro da pele, na região da “barriga” do animal. Por sorte, ele só atingiu a pele e a musculatura, senão o caso poderia ser ainda mais grave”, disse. O segundo animal teve a isca retirada da região cervical.

Após serem atendidos pelo médico, os gansos foram encaminhados à reserva da PMA.

MEIO AMBIENTE
Segundo o secretário de Meio Ambiente, José Estevão Moraes Palma, a pesca na lagoa não é oficialmente proibida. Ele disse que ainda não existe uma lei de proibição, mas é importante que a população tenha consciência quanto aos riscos que podem oferecer ao meio ambiente, aos animais e até mesmo às pessoas que frequentam o local.

O secretário destacou que a universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) de Três Lagoas desenvolve um projeto de monitoramento do local e que após a conclusão uma lei poderá ser criada. “Essa lei deve ser criada com urgência, pois a Polícia Militar (PM) não pode intervir enquanto ela não for colocada em prática”, completou.