Duas pessoas compareceram à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) de Três Lagoas para registrar boletins de ocorrência envolvendo fraudes eletrônicas, nesta semana. Os golpes causaram um prejuízo total de R$ 2.640, somando os valores perdidos pelas vítimas — um idoso de 76 anos e uma mulher de 59.
O primeiro caso foi registrado por um aposentado que relatou ter perdido R$ 1.200 ao cair em um golpe de clonagem de WhatsApp. Segundo o boletim de ocorrência, ele recebeu mensagens de um número desconhecido com a foto e o nome de seu filho, solicitando ajuda para o pagamento urgente de um boleto. Sem desconfiar da fraude, o idoso realizou a transferência bancária para a conta informada pelos criminosos.
Após o envio, os golpistas retornaram pedindo mais R$ 1.000, alegando que o valor ainda era insuficiente. Desconfiado, o homem entrou em contato diretamente com a nora, que confirmou que o celular do filho havia sido clonado. Foi então que ele percebeu o golpe e procurou a delegacia para formalizar a denúncia.
No segundo caso, registrado no mesmo dia, uma mulher de 59 anos perdeu R$ 1.440 após cair em um golpe envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A vítima relatou que recebeu uma mensagem de uma suposta atendente do órgão, informando que seu benefício previdenciário havia sido bloqueado. A golpista, que possuía diversos dados pessoais da vítima, solicitou a confirmação das informações para “regularizar o cadastro”.
Confiando na abordagem, a mulher forneceu os dados solicitados. Pouco tempo depois, percebeu que R$ 1.440 foram transferidos via PIX para uma conta desconhecida. Ao tentar acessar o extrato bancário, percebeu que os dados do destinatário da transação — o chamado “laranja”, utilizado para ocultar os verdadeiros criminosos — não estavam disponíveis.
Ambas as ocorrências foram registradas como fraude eletrônica, crime previsto no Código Penal. A Polícia Civil de Três Lagoas investiga os casos e orienta a população a não fornecer dados pessoais por telefone, e-mail ou mensagens de aplicativos sem antes confirmar a autenticidade do contato. Especialistas alertam que os golpistas costumam usar informações verdadeiras obtidas por vazamentos de dados ou redes sociais para dar maior credibilidade às abordagens.
A Polícia também reforça que órgãos oficiais, como o INSS, não entram em contato direto via WhatsApp solicitando dados pessoais ou financeiros. Em caso de suspeita, é recomendável procurar atendimento presencial ou canais oficiais de atendimento do órgão.
Nos últimos anos, esse tipo de crime tem se tornado cada vez mais comum em todo o país.