Agências do Banco do Brasil (BB) em todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul para financiar o desenvolvimento dos setores produtivos e atender a população. Foi esta a reivindicação que o governador André Puccinelli levou ao vice-presidente do Banco, Luis Carlos Guedes Pereira e ao diretor da área de Governo da organização de crédito Paulo Roberto Ricci, esta semana, em Brasília. Os dirigentes da instituição asseguraram que para 2011 está programada a abertura de cinco agências, sendo quatro no primeiro semestre (Inocência, Água Clara, Ladário e Iguatemi) e uma no segundo semestre (Antônio João).
Os dirigentes afirmaram ao governador que estão trabalhando para antecipar a meta de 2014 e inaugurar agências em 100% dos municípios até o fim do ano que vem, uma vez que faltam apenas nove localidades para atender: Alcinópolis, Caracol, Corguinho, Coronel Sapucaia, Figueirão, Novo Horizonte do Sul, Rochedo, Taquarussu e Jaraguari.
O vice-presidente do Banco reconheceu que um dos motivos para adiantar a meta é a parceria que o BB mantém com o governo do Estado, que opera cerca de 70 mil contas de servidores com orçamento de R$ 9,3 bilhões para este ano. Como agente financeiro do Fundo Constitucional do Centro-Oeste, o BB movimenta pelo menos R$ 3,1 bilhões no Estado.
Mais recursos
Na audiência, juntamente com a secretária Tereza Cristina Correa da Costa Dias, da Seprotur, o governador também cobrou recursos financeiros a fundo perdido para promoção no mercado nacional e internacional dos produtos e serviços gerados no Mato Grosso do Sul, além de apoio para a estruturação e ampliação das instituições de pesquisa e difusão de tecnologia agropecuária e agroindustrial, envolvendo a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e as fundações de pesquisa sediadas nas regiões produtoras de grãos. André Puccinelli destacou a importância destes recursos para incrementar o turismo, sobretudo no Pantanal sul-mato-grossense.
Recuperação de pastagens
Outro tema bastante enfatizado pelo governador André Puccinelli e pela secretária Tereza Cristina na reunião com a diretoria do Banco do Brasil foi a liberação de linha de crédito para recuperação de pastagens degradas, sobretudo na região norte do Estado, onde os produtores “vêm enfrentando sérias dificuldades na exploração da atividade pecuária, em virtude da degradação de suas pastagens, bem como da acentuada redução de sua capacidade de suporte”.
O governador explanou algumas questões que geraram essa situação, sobretudo as irregularidades climáticas, longos períodos de estiagem, baixa fertilidade dos solos e à consequente infestação de insetos invasores.
Foi ressaltado que os municípios de Coxim. Pedro Gomes, Alcinópolis, Sonora e parte de Rio Verde de Mato Grosso têm uma área total que perfaz 1,8 milhão de hectares, possuindo um rebanho bovino de 1,1 milhão de cabeças com 1.400 pecuaristas e áreas de pastagens cultivadas da ordem de 700 mil hectares.
A secretária Tereza Cristina observou que “nessa região a produção de carne bovina constitui a principal atividade econômica, e restrições ambientais indicadas no Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado (ZEE/MS) impedem maior diversificação da economia”, sendo é imperioso adotar medidas para que os produtores rurais possam viabilizar a recuperação de suas pastagens e os seus negócios.
No mesmo dia, o governador sul-mato-grossense foi recebido em Brasília pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, quando pleiteou idêntico benefício para recuperar pastagens e mais liberação de Empréstimos do Governo Federal (EGF) e Aquisições do Governo Federal (AGF) para atender os produtores de arroz que vem enfrentando dificuldades para a comercialização da safra de 153.000 toneladas.