Três Lagoas segue sem voos comerciais desde 10 de março, quando a Azul Linhas Aéreas suspendeu a rota que ligava o município ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Para que novas companhias possam operar na cidade, o aeroporto precisa passar por adequações estruturais.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcos Antônio Gomes Júnior, o governo do Estado já assumiu o compromisso de realizar as obras necessárias. Entre as melhorias previstas estão o aumento da resistência da pista, que precisa elevar o PCN (capacidade de carga do pavimento) de 28 para pelo menos 42, a mudança de localização dos hangares e a implantação do sistema IFR (Instrument Flight Rules), que permite pousos por instrumentos.
A pista do aeroporto tem dois mil metros, mas hoje opera apenas por aproximação visual. Com a mudança para IFR, a extensão útil passará para 1.850 metros, condição considerada suficiente para receber aeronaves maiores, como os aviões Boeings com maior capacidade para transportar passageiros. O investimento está estimado em mais de R$ 10 milhões, com execução integral pelo governo estadual. A prefeitura ficou responsável pela doação do projeto. O processo encontra-se em fase de licenciamento ambiental para, em seguida, ser aberta a licitação.
De acordo com Marcos Júnior, a Gol já manifestou interesse em operar em Três Lagoas após a conclusão das obras. Além dela, outras empresas, como a Azul e a Latam, também estão em negociação. O Estado ainda avalia voos regionais com aeronaves de menor porte, ligando Três Lagoas a Campo Grande.
O secretário destacou que a ausência de voos comerciais tem sido alvo de questionamentos, principalmente de indústrias instaladas na cidade, mas reforçou que os investimentos estão encaminhados.
“Nosso planejamento está correto e o caminho é esse. Com as adequações, teremos condições de receber companhias e ampliar a conectividade de Três Lagoas”, afirmou.