A Prefeitura de Três Lagoas confirmou que as câmeras de monitoramento instaladas em diversos pontos da cidade serão retiradas. A medida ocorre após a suspensão do contrato com a empresa Camerite, determinada pela atual administração em atendimento a uma recomendação do Ministério Público Estadual, que apontou suspeitas de fraude e vícios de origem no processo licitatório realizado na gestão anterior.
A licitação foi aberta durante o governo do ex-prefeito Ângelo Guerreiro, com contrato firmado no valor de R$ 2,5 milhões para a instalação de 210 câmeras. A empresa iniciou o serviço com previsão de conclusão em 60 dias, mas o processo acabou sendo questionado judicialmente e não teve continuidade.
Em nota, a Prefeitura esclareceu que o contrato já foi encerrado e, portanto, atualmente não há qualquer vínculo contratual entre a empresa prestadora e a administração municipal. “Cabe exclusivamente à empresa a retirada dos equipamentos que ainda estejam instalados”, informou o Executivo.
Sobre a possibilidade de retomada do serviço de videomonitoramento, a gestão do prefeito Cassiano Maia informou que está conduzindo um estudo técnico de viabilidade e necessidade, com o objetivo de compreender melhor a demanda da cidade e dimensionar adequadamente o serviço.
POLÍCIA MILITAR
Três Lagoas já conta com 36 câmeras instaladas em pontos estratégicos da cidade para contribuir com a segurança pública. Os equipamentos foram instalados em junho de 2015, cuja central de monitoramento fica no 2º Batalhão da Polícia Militar. O investimento foi de R$ 1,2 milhão, por conta de convênio firmado entre o município e a Petrobras, e faz parte das ações mitigadoras pela à instalação da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados.
Entretanto, as câmeras apresentam muitos defeitos considerando-se ultrapassadas diante das novas tecnologias. Mas, diante do crescimento da cidade e dos índices de criminalidade, como depredação do patrimônio público, a prefeitura pretendia ampliar o sistema de câmeras de videomonitoramento.