Policiais civis da 3ª Delegacia de Polícia, com apoio da equipe da 1ª Delegacia de Três Lagoas, prenderam na tarde desta terça-feira (5), um homem conhecido como “Sorriso”, de extensa ficha criminal, após um furto praticado em uma lanchonete localizada nas proximidades do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito invadiu o estabelecimento durante a madrugada, após arrombar o telhado, e furtou um televisor e diversos produtos alimentícios.
Assim que o crime foi registrado, equipes iniciaram diligências e localizaram o homem escondido em uma construção abandonada no bairro Jardim Eldorado. No momento da abordagem, ele tentou fugir pulando muros, mas foi contido e preso.
Aos policiais, confessou o furto e revelou que os itens haviam sido entregues em uma residência utilizada como ponto de tráfico de drogas, situada em frente ao local da prisão. Os investigadores foram até o imóvel indicado e encontraram o televisor e parte dos produtos levados da lanchonete.
A moradora da casa foi autuada por receptação.Com mais de 65 passagens policiais por crimes diversos, “Sorriso” foi autuado em flagrante por furto qualificado mediante rompimento de obstáculo e segue preso, à disposição da Justiça.
A Polícia Civil reforça o compromisso com a segurança da população e destaca que denúncias podem ser feitas, de forma anônima, pelo telefone (67) 99991-6698.
Em 2012, Rodrigo Figueiredo Dias, de 17 anos, mais conhecido no meio policial pelo apelido “Peito de Pomba” e com mais de 47 passagens por atos infracionais, foi morto por um grupo de pessoas após ser identificado como autor de um furto na casa de um indivíduo suspeito de ligação com um grupo criminoso.
No dia 25 de fevereiro daquele ano, “Peito de Pomba” foi encontrado morto, brutalmente espancado, ao lado da extinta linha férrea que cortava o bairro Jardim Imperial, em Três Lagoas. Dias antes de ser morto, ele havia sido apreendido após invadir uma residência na vizinhança e furtar um televisor. Rodrigo era apontado como autor de uma série de furtos praticados para sustentar o vício em crack. Ele costumava ironizar sua própria situação, dizendo que “apenas a morte o impediria de furtar”.
Outro caso semelhante ocorreu em 2019. No dia 16 de maio daquele ano, Patrick Conrado da Silva Leste, então detento do pavilhão 9 da Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas, foi encontrado morto dentro da cela.
Patrick havia completado 18 anos recentemente e tinha sido preso após uma sequência de furtos. Era apontado como responsável por mais de 20 crimes em apenas uma semana. O repórter Alfredo Neto, à época, acompanhou uma ação da Polícia Militar na residência onde ele vivia com a mãe — dependente de álcool — na rua Quinzinho de Campos, no bairro Parque São Carlos.
Conhecido vulgarmente como “Peba”, Patrick havia praticado uma onda de furtos a residências e comércios. Como era menor de idade, chegou a ser apreendido e liberado. No dia em que completou 18 anos, acabou preso após uma nova sequência de furtos. Na delegacia, declarou aos policiais que “só esperava a morte”, por não conseguir abandonar o vício em crack. Confessou, ainda, que faria “o que fosse preciso” para conseguir a droga.
Pouco tempo depois, foi encontrado morto dentro da cela. Informações não confirmadas apontam que outros detentos o acusaram de ter abusado da própria mãe, o que teria motivado sua execução.
O tratamento para dependentes de crack, álcool e outras drogas em Três Lagoas é oferecido voluntariamente pelo Caps-AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas), localizado na rua Itacil Pereira Martins, no bairro Parque São Carlos.
Contudo, uma das grandes dificuldades atualmente é convencer o usuário de drogas — que muitas vezes abandonou a família, os estudos, o trabalho e passou a viver em situação de rua — a iniciar o tratamento. O atendimento é medicamentoso e depende prioritariamente da vontade do dependente.
Por causa do efeito psicossocial das drogas, muitos usuários não reconhecem a necessidade de ajuda e resistem ao acolhimento. Nesses casos, a dependência limita a capacidade cognitiva, tornando o viciado vulnerável, disposto a qualquer ato — inclusive crimes — em troca da próxima dose de crack ou álcool.