Duas pessoas procuraram a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) na quarta-feira (23), em Três Lagoas, para registrar boletins de ocorrência relacionados a fraudes eletrônicas. As vítimas, um homem de 76 anos e uma mulher de 59, relataram prejuízos causados por golpistas que se passaram por familiares e órgãos oficiais.
O primeiro caso envolveu um idoso de 76 anos que perdeu R$ 1.200 após ser enganado por criminosos que se passaram por seu filho. Segundo relatado na delegacia, ele recebeu mensagens por WhatsApp de um número com a foto e nome do filho, solicitando dinheiro para pagamento de um boleto. Sem desconfiar da fraude, o homem realizou a transferência para a conta indicada pelos golpistas. Após o envio do valor, os criminosos pediram mais R$ 1.000, alegando que ainda faltava para quitar a dívida. Nesse momento, o idoso desconfiou e entrou em contato com a nora, que informou que o celular do filho havia sido clonado. Só então ele percebeu que havia sido vítima de um golpe e procurou a Depac para registrar a ocorrência.
No mesmo dia, uma mulher de 59 anos também compareceu à delegacia após ter um prejuízo de R$ 1.440. Ela relatou que recebeu mensagens de uma pessoa que se passou por atendente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), afirmando que seu benefício havia sido bloqueado. A golpista possuía todos os dados pessoais da vítima e solicitou a confirmação das informações. A mulher, sem suspeitar da fraude, respondeu às perguntas. Pouco depois, percebeu que R$ 1.440 haviam sido transferidos via PIX para uma conta de terceiros, e que o suposto atendente havia bloqueado o contato.
A vítima ainda tentou obter os dados da conta receptora, mas ao puxar o extrato bancário, os dados do beneficiário da transação — conhecido como “laranja” — não estavam disponíveis, dificultando a identificação imediata. Ambos os casos foram registrados como fraude eletrônica, e a Polícia Civil deve investigar as ocorrências.