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Saúde

Mato Grosso do Sul registra 923 óbitos por infarto em 2025

Em todo o ano de 2024, foram 1.727 óbitos pela mesma causa

De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, Mato Grosso do Sul registrou 923 mortes por infarto agudo do miocárdio entre 1º de janeiro e 3 de setembro de 2025. Foto: Reprodução/TVC HD.
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, Mato Grosso do Sul registrou 923 mortes por infarto agudo do miocárdio entre 1º de janeiro e 3 de setembro de 2025. Foto: Reprodução/TVC HD.

De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, Mato Grosso do Sul registrou 923 mortes por infarto agudo do miocárdio entre 1º de janeiro e 3 de setembro de 2025. Em todo o ano de 2024, foram 1.727 óbitos pela mesma causa.

O cenário segue a tendência apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estimou, em 2022, que 19,8 milhões de pessoas morreram no mundo por doenças cardiovasculares, o equivalente a 32% de todas as mortes globais.

O relato de quem sobreviveu

O corretor de imóveis, Vanderley Aleixo, de 65 anos, lembra o dia em que sofreu um infarto enquanto visitava a filha em Campo Grande.

“Eu acordei desesperado com uma pressão enorme no peito e uma dor forte, sem saber o que estava acontecendo. Era uma sensação de que eu estava morrendo. Quando percebi, já estava debaixo do chuveiro tentando me livrar daquela agonia”, contou.

Após o susto, Aleixo mudou hábitos: passou a se alimentar melhor e segue acompanhamento médico a cada seis meses.

“Deus me deu a vida de volta. Hoje procuro cuidar mais da alimentação e ter uma vida ativa para não passar novamente por aquilo”, disse.

O que é o infarto

Segundo especialistas, o infarto ocorre quando uma das artérias do coração se fecha devido ao acúmulo de colesterol ou à formação de coágulo, interrompendo o fluxo sanguíneo e provocando a morte das células cardíacas. Quanto maior o tempo de espera para atendimento, maiores são os riscos de sequelas graves ou até de morte súbita.

Risco entre os jovens

O cardiologista João Paulo Nunes Fernandes, alerta para o aumento da incidência entre pessoas com menos de 40 anos, principalmente por conta de fatores de risco como tabagismo, consumo excessivo de álcool, obesidade e uso de anabolizantes.

“Já tivemos casos de pacientes com apenas 31 anos que sofreram infarto. Infelizmente, isso tem se tornado cada vez mais frequente”, destacou.

A prevenção

O Ministério da Saúde reforça que o autocuidado é a principal forma de prevenção: manter peso adequado, praticar exercícios físicos, adotar alimentação balanceada, controlar a pressão arterial e evitar o cigarro.

Em 2023, o Brasil registrou 94 mil mortes por infarto; em 2024, foram 93,6 mil. No primeiro semestre de 2025, o Sistema Único de Saúde contabilizou 1,6 milhão de atendimentos ambulatoriais relacionados à doença.