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Prévia da inflação de agosto deve ficar negativa em 0,14%

Esse é o menor índice desde setembro de 2022, quando a deflação chegou a 0,37%

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro apresentaram deflação, com destaque para habitação, que recuou 1,13%, puxada principalmente pela redução de 4,93% na conta de luz. Foto: Reprodução/TVC HD.
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro apresentaram deflação, com destaque para habitação, que recuou 1,13%, puxada principalmente pela redução de 4,93% na conta de luz. Foto: Reprodução/TVC HD.

A prévia da inflação oficial de agosto, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), apresentou queda de 0,14%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o menor índice desde setembro de 2022, quando a deflação chegou a 0,37%.

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro apresentaram deflação, com destaque para habitação, que recuou 1,13%, puxada principalmente pela redução de 4,93% na conta de luz. O impacto veio do bônus de Itaipu, que beneficiou cerca de 80,8 milhões de consumidores.

Outro fator que contribuiu para a queda foi a redução de 0,53% nos preços de alimentos e bebidas — o terceiro mês consecutivo de deflação no setor. No entanto, os consumidores de Três Lagoas ainda não percebem diferença significativa nos supermercados.

“Não vi muita diferença não. Pra mim não mudou nada”, disse o morador Rubem Vilalba Neto.

A alimentação no domicílio apresentou recuo de 1,02%, com destaque para a carne, que teve queda de 0,94%. Apesar disso, a percepção dos consumidores é de estabilidade e não de alívio real nos preços.

O combustível também ajudou a conter a inflação. A gasolina, item de maior peso na cesta de consumo do brasileiro, registrou impacto negativo de 0,06 ponto percentual no índice. A estabilidade no valor do litro tem agradado os motoristas.

“Bom demais, perfeito. Sempre abasteço aqui e já senti essa estabilização. Para a economia é ótimo, e se baixar mais ainda, melhor ainda”, comentou o tapeceiro Rosano Souza da Silva.

Mesmo com a deflação, especialistas lembram que a percepção do consumidor depende diretamente do poder de compra, que continua pressionado pela falta de aumento real nos salários.