
O secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, esteve em Três Lagoas nesta segunda-feira (24) cumprindo uma série de agendas voltadas ao fortalecimento da rede pública de saúde. Acompanhado da secretária municipal de Saúde, Juliana Salim, de técnicos da Secretaria Estadual e de representantes do Hospital Regional e do Hospital Auxiliadora, Simões participou de reuniões e vistoria em unidades, além de um encontro com o Conselho Municipal de Saúde.
A visita começou no Hospital Regional, onde o secretário fez uma reavaliação dos serviços prestados à população. Segundo ele, a unidade apresenta avanços, mas ainda precisa de melhorias. “O hospital está melhor do que eu encontrei, mas ainda aquém do que eu gostaria. Ele tem estrutura física qualificada e vem aprimorando recursos humanos, mas ainda faltam equipamentos e insumos para garantir plenamente a média e alta complexidade”, afirmou.
O secretário também se reuniu com o prefeito Cassiano Maia e, em seguida, participou da reunião do Conselho Municipal de Saúde. O tema mais debatido foi a proposta do Estado para a criação de uma regulação única de urgência e emergência, medida que tem gerado dúvidas e críticas de parte dos conselheiros e vereadores. Maurício Simões reforçou que não se trata de uma imposição, mas de um modelo compartilhado entre Estado e municípios. “Não é uma medida, é uma proposta. O SUS é regionalizado por natureza, e Três Lagoas é cidade polo de vários municípios que dependem da sua capacidade de atendimento. A regulação única não retira autonomia do município, pelo contrário, é uma construção conjunta. Há muita narrativa que não condiz com a realidade. Trouxemos números que demonstram que o tempo de regulação hoje é menor”, explicou.
Sobre as queixas de demora na liberação de vagas para casos de urgência e emergência, Simões afirmou que os dados apresentados pelo Estado mostram eficiência no processo. Ele destacou que dois hospitais da cidade realizam regulação, inclusive o próprio Hospital Regional, e que o objetivo é organizar o fluxo do paciente de forma mais eficiente e transparente.
CIRURGIAS
Outro assunto tratado foi a retomada dos mutirões de cirurgias. O secretário informou que a suspensão temporária ocorreu apenas para balanço financeiro, já que o Estado é o ente financiador, mas os contratos são geridos pelos municípios. “As cirurgias já foram retomadas há quase um mês, em regiões que ainda têm orçamento disponível”, disse.
Ao final da agenda, o secretário destacou que o pedido do prefeito Cassiano Maia foi de continuidade na parceria entre município e Estado para enfrentar os desafios da saúde pública. “O desafio não é apenas de Três Lagoas ou do Mato Grosso do Sul, é mundial. Precisamos racionalizar recursos e ampliar eficiência, sempre com foco no paciente”, concluiu.