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Tratamento de câncer pode ser ampliado em Três Lagoas com radioterapia

Três Lagoas pode ganhar serviço completo de oncologia com instalação de acelerador linear no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora

Acelerador Linear é equipamento essencial para o tratamento com radioterapia. Foto: Divulgação/Ilustração.
Acelerador Linear é equipamento essencial para o tratamento com radioterapia. Foto: Divulgação/Ilustração.

O Hospital Nossa Senhora Auxiliadora de Três Lagoas se cadastrou no Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), a proposta para instalação de um acelerador linear, equipamento essencial para a radioterapia. A iniciativa integra o plano de criação do Serviço de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), em parceria com o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora.

O deputado federal Geraldo Resende (PSDB), que conseguiu viabilizar uma emenda para a implantação do serviço, disse ao Jornal do Povo, que o projeto vem sendo trabalhado há quase dois anos. “Conseguimos uma emenda de R$ 6 milhões, já repassada ao Estado, e mais R$ 2 milhões de contrapartida estadual para a construção do bunker, que é a estrutura necessária para receber o acelerador linear. Agora estamos aguardando as últimas análises técnicas da Secretaria Estadual de Saúde para dar início à obra”, explicou.

De acordo com o deputado, o dinheiro será utilizado para construir o bunker. O hospital fez o cadastro no Ministério da Saúde para ser habilitado a ter o acelerador. O equipamento, que custa entre R$ 10 e R$ 12 milhões, poderá ser obtido por meio de recursos federais via Pronon ou convênio com o Ministério da Saúde. “Estamos trabalhando para que Três Lagoas seja contemplada no plano de expansão da radioterapia do governo federal. Mas é preciso iniciar a construção do bunker para que o envio do equipamento seja autorizado”, reforçou Resende.

A proposta contempla a construção de um centro oncológico com 1,3 mil m² no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, que hoje já oferece tratamento de quimioterapia. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o Hospital Regional, apesar de atender exclusivamente pacientes do SUS, não foi escolhido para o projeto porque não possui oncologia em sua estrutura atual.

Durante a sessão da Câmara Municipal, nesta semana, o presidente da Casa, vereador Antônio Empke Júnior, o Tonhão, destacou a importância da implantação do serviço. “Hoje, nossos pacientes fazem quimioterapia aqui, mas precisam viajar para Campo Grande ou para o interior de São Paulo para realizar a radioterapia. A construção do bunker e a chegada do acelerador linear são passos essenciais para oferecer o tratamento completo em Três Lagoas”, disse.

Geraldo Resende também destacou que o plano estadual inclui a modernização do atendimento oncológico em todo o Mato Grosso do Sul, com a chegada de novos aceleradores em Campo Grande. “Estamos construindo um novo momento para o tratamento do câncer no Estado. Três Lagoas é uma cidade estratégica, polo de saúde da macrorregião, e precisa estar preparada para esse avanço”, finalizou.