
Três Lagoas vive um momento de expansão econômica impulsionado pela instalação de novas indústrias no Distrito Industrial e pelo adensamento da cadeia da celulose. A avaliação é do secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcos Antônio Gomes Júnior, que destaca um conjunto de projetos em andamento para consolidar o município como polo regional. Alguns projetos de lei de doação de áreas para instalação de empresas no Distrito Industrial estão tramitando nas comissões permanentes da Câmara Municipal.
Segundo o secretário, a prioridade é ampliar a presença de empresas ligadas à produção de celulose, mas também abrir espaço para negócios locais e de médio porte.
“O Distrito Industrial ainda tinha áreas disponíveis e a meta foi acelerar o processo de ocupação. Trabalhamos tanto com empresas da cidade que prestavam serviços, mas ainda não estavam instaladas, quanto com indústrias de fora que atuam em Três Lagoas de forma indireta”, afirmou.
O Distrito oferece lotes que variam de 1.485 a mais de 100 mil metros quadrados, permitindo a instalação de empresas de diferentes portes. A expectativa é que, nos próximos dois anos, sejam anunciados novos empreendimentos capazes de gerar centenas de empregos.
Entre os exemplos citados está a Andritz, multinacional fornecedora de equipamentos para o setor de celulose, que já passa por processo de licenciamento e será instalada às margens da BR-158, na saída para Selvíria. A instalação de fábricas de celulose na região deve atrair outros fornecedores estratégicos, como a Valmet, reforçando o papel de Três Lagoas como polo do segmento.
Outro movimento importante é a decisão da Arauco de instalar em Três Lagoas o setor administrativo da empresa de celulose. A instalação trouxe impacto imediato na demanda por habitação e serviços.
“São cerca de 400 funcionários e suas famílias que passam a consumir no comércio local, movimentando diretamente a economia”, observou o secretário.
Além da celulose, novas frentes produtivas começam a ganhar força. A citricultura avança na região com investimentos de peso, como o da Citrosuco, que já adquiriu áreas em Três Lagoas. O cultivo de laranja exige mão de obra intensiva e deve diversificar ainda mais a economia. Outro destaque é a apicultura. Três Lagoas já lidera a produção de mel em Mato Grosso do Sul, superando Brasilândia.
Estudos de mercado, segundo o secretário, projetam que a população local pode dobrar em até dez anos, pressionando a demanda por habitação, comércio e serviços. Para o secretário, esse cenário exige ação imediata.
“Não é momento de ser tímido. É hora de investir, porque Três Lagoas está em um ciclo único de crescimento”, disse.
Na lista de projetos estratégicos também está o Porto Seco, aguardado há mais de uma década e tratado, segundo o secretário, como prioridade pela atual gestão. A proposta é destravar o empreendimento para ampliar a capacidade logística e fortalecer ainda mais a competitividade da cidade.