A estiagem de mais de três meses tem provocado diminuição do volume de água na Lagoa Maior. Quase todos os anos, com diferentes intensidades, a Lagoa passa por esse processo ou o inverso, quando o excesso de chuvas pode significar inundação nas áreas circunvizinhas. Para conter essas alterações naturais, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, instalará dispositivo de controle de vazão da água para o Córrego da Onça.
“Além de conter o escoamento da água em época como a que estamos atravessando, também poderemos manipular o equipamento para impedir enchentes. O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) nos solicitou um plano de manejo (documento que informa como será administrado o ecossistema) em toda a região compreendida pelas três lagoas e uma das metas será concretizada com a instalação desse dispositivo”, afirma o Secretário Municipal de Meio Ambiente, Cristovam Canela.
O aparelho, que funcionará como uma comporta, adequado de acordo com a situação, servirá para a outra mudança proposta pela Secretaria – a ampliação do espelho d’água da Lagoa, ou seja, aumento do diâmetro de uma margem à outra. “A instalação será no escoadouro, bem no início do canal que vai até o Córrego da Onça. Temos espaço nas margens para que, já a princípio, aumentemos o espelho d’água como forma de garantir o abastecimento correto para a fauna e a flora locais”, explica o secretário.
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O projeto também beneficiará a Segunda Lagoa que passará a bombear menos água para a Maior devido a esse controle da vazão. Nessa época, a bomba foi desligada devido ao baixo nível d’água. Segundo Canela o bombeamento provocaria danos ao equipamento. “O nível não nos permite levar a água de uma para outra, pois ocorreria a quebra dos equipamentos instalados para o processo”, conclui.
A Lagoa Maior também serve de habitat para muitas espécies, como jaçanãs, jacarés e capivaras. O processo de urbanização desta Lagoa provocou interferências significativas nesse ecossistema que agora precisa de “reparos” como esse.
