No dia 11 de outubro de 1977, o então presidente Ernesto Geisel assina a Lei Complementar, cujo projeto havia sido enviado ao Congresso Nacional em 24 de agosto do mesmo ano, criando o Estado de Mato Grosso do Sul -com a capital instalada na cidade de Campo Grande- por meio do desmembramento de parte do Estado do Mato Grosso. Com isso, o governo federal acreditava ter encontrado a melhor forma de administrar e desenvolver uma região tão extensa, diferenciada e estratégica.
Dessa forma, comemora-se, no mês de outubro, 34 anos da criação do Estado. Ainda é comum confundir a data da criação com a da sua instalação, ocorrida em janeiro de 1979, quando Mato Grosso do Sul passou a existir como unidade da federação, com 27 municípios. No período da criação à instalação, foi preparada toda a legislação pertinente ao novo Estado. Foram adquiridos o mobiliário e carros, e alugados os prédios para instalar o governo e as secretarias.
No dia 1º de janeiro de 1979, foram empossados 18 deputados constituintes. Durante o período em que os parlamentares estiveram trabalhando na criação da Constituição estadual, cujo relator foi o então deputado Ramez Tebet, o governador nomeado, Harry Amorim da Costa, administrou Mato Grosso do Sul por decreto até junho do mesmo ano, quando a Constituição foi promulgada. A primeira eleição direta para governador de Mato Grosso do Sul foi realizada em 1982, e o PMDB venceu-a com Wilson Barbosa Martins.
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O NOME
Para muitos políticos da época, é errado falar em divisão, uma vez que em nenhum momento houve intenção de separação. Lutou-se, sempre, pela criação do novo Estado, porque se entendia que a lei deveria tornar de direito o que já existia de fato. E a lei complementar foi clara: “Fica criado o Estado de Mato Grosso do Sul…”. As principais lideranças do sul (principalmente os participantes da Liga Sul-Mato-Grossense) que defenderam a instituição de MS estiveram presentes à solenidade de assinatura da lei complementar em Brasília.
O anteprojeto criava o “Estado de Campo Grande”, nome não aceito pelas lideranças sul-mato-grossenses. Qualquer consulta à população sobre o nome do novo Estado colocaria (não havia tempo para isso) em risco o projeto. Assim, optou-se por Mato Grosso do Sul, enquanto se esperava que Mato Grosso passasse a se chamar Mato Grosso do Norte -o que não ocorreu.
