O novo diretor do Hospital Auxiliadora, Eduardo Otoni, 37, foi apresentado para a imprensa e demais autoridades ontem de manhã. Com experiência na área de administração hospitalar, ele trocou o hospital São Camilo em São Paulo (SP) pelo Auxiliadora. Lá, seu mérito foi elevar o faturamento mensal da instituição de R$ 16 milhões para R$ 23 milhões, além de ampliar de 22 para 40 o número de leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Aqui, diz que vai cumprir a meta de quitar as dívidas da instituição, no valor de R$ 5,8 milhões, e investir em equipamentos, visando à melhoria no atendimento à população. Já para 2014, está prevista a expansão da Unidade I e Pronto Socorro.
Três Lagoas
Meta do novo diretor do Auxiliadora é pagar dívidas
Hospital tem dívidas de R$ 5,8 milhões com bancos, impostos e prestadores de serviço
Do montante da dívida do Auxiliadora, R$ 2,5 milhões se referem a débitos bancários, R$ 2,5 milhões de impostos que deixaram de ser pagos, e o restante, R$ 800 mil, é resultante de atraso com fornecedores. Porém, segundo Otoni, tudo foi renegociado em médio prazo, ou seja, até 2020. “Todas as parcelas estão em dia”, garantiu Otoni.
Hoje, o hospital, equipado com 188 leitos, fatura cerca de R$ 3,3 milhões ao mês, e as despesas estão em torno de R$ 2,9 milhões. “Acredito que a entidade está no caminho certo para equilibrar entrada e saída de recursos e se autossustentar”, disse.
Por isso, grandes investimentos na instituição dependem de verba federal e estadual, como, por exemplo, R$ 3 milhões que serão disponibilizados para investir na Rede de Urgência e Emergência (RUE). Desse total, R$ 2 milhões serão utilizados para reforma do prédio e R$ 1 milhão para aquisição de equipamentos. No entanto, não há data definida para a liberação dessa verba. De imediato, a direção contratou um médico plantonista. “Essa contratação melhora os resultados do trabalho da equipe socorrista”, disse Otoni.
De acordo com o diretor hospitalar, uma empresa privada instalada na cidade, de nome não revelado, também irá investir cerca de R$ 1,5 milhão para compra de equipamentos para a RUE.
A direção também aguarda a liberação de verba federal no valor R$ 250 mil para investir na ambiência da maternidade visando à melhoria dos atendimentos em casos de parto normal. Esse repasse é referente à Rede Cegonha, projeto do Ministério da Saúde. Segundo a coordenadora municipal da Rede Cegonha, Elaine Furió, serão montados Quartos PPP, ou seja, um ambiente para acolher a gestante no período de parto – pré e pós-parto, além de Puerpério (PPP) com acompanhante. Um dos quartos será equipado com banheira, caso a mãe opte pelo parto na água.
Setor de oncologia tem investimento de R$ 16 milhões
O diretor do hospital Auxiliadora, Eduardo Otoni, anunciou investimento de R$ 16 milhões na Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon). A verba faz parte de uma parceria entre hospital auxiliadora e uma junta médica de Ribeirão Preto, coordenado pelo oncologista Rodrigo Melão Martinho. Eles vão investir este valor na Unacon, ou seja, o projeto arquitetônico conta com um prédio de cinco andares, em área construída de quatro mil metros quadrados. Em contrapartida, esta equipe vai administrar a unidade por 20 anos. “A equipe do Auxiliadora pretende transformar a Unacon em um centro de referência no Mato Grosso do Sul.
CREDENCIAMENTO
O Auxiliadora foi credenciado neste ano como Unacon por meio de portaria nº 149/2013, publicada no Diário Oficial da União. Porém, outra portaria (nº 329/2013) estabeleceu o valor anual de R$ 2.945.889,23 para ser empregado no funcionamento desse serviço. Além dessa verba, o hospital recebe por mês R$ 960 mil, dos quais R$ 600 mil do Estado e R$ 360 do município para atender aos pacientes com câncer de Três Lagoas e região.