Educadores e parlamentares de 16 estados brasileiros voltam os olhos hoje para a educação especial de surdos. O problema é que o atual modelo de educação inclusiva imposto pelo MEC (Ministério da Educação) não leva em conta o atraso na alfabetização dos deficientes auditivos. A programação das discussões em Campo Grande vai das 14h às 18h na ACP – Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública.
O movimento nacional é chamado de setembro azul (que é a cor que representa os surdos) e visa chamar a atenção dos responsáveis pela elaboração de leis regionais. “Querem a matrícula de surdos em escolas regulares e não levam em conta que precisam da linguagem de sinais, que seria ministrada em outra aula em período oposto. Isso atrasaria a educação”, aponta a assessora nacional do movimento, Regiane Lucas.
As escolas de educação especial aos poucos vão sendo fechadas por falta de incentivo financeiro federal e as emendas no Plano Nacional de Educação determinam o fechamento dessas escolas especializadas para “incluir” os surdos na educação regular, talvez sem considerar que a educação regular é pensada didaticamente para pessoas que podem ouvir. O documento tramita atualmente no congresso nacional, e deve reger a educação brasileira pelos próximos dez anos
SERVIÇO – Sexta-feira (9) das 14h às 18h – Seminário Estadual em Defesa das Escolas Bilíngues para Surdos no Plano Nacional de Educação na ACP – Rua 7 de Setembro, 693 – Centro