Mato Grosso do Sul já registrou 206 casos de leishmaniose visceral até esta quarta-feira (19), segundo dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde). Destes, 60% são somente em Campo Grande. A doença ainda provocou a morte de seis pacientes.
Em relação ao ano passado, o número de mortes caiu, já que foram 20 óbitos em 2010. No entanto, o registro de casos da doença até o dia 19 deste mês já se aproxima do total de pacientes em todo o ano passado, quando foram diagnosticadas 214 vítimas.
Mas o gerente de zoonozes da SES, Paulo Mira Batista, esclarece que os números não indicam uma epidemia e que estão dentro do índice para considerar o nível de contaminação estável no Estado.
Para evitar que os casos aumentem, as secretarias de saúde dos municípios continuam com as ações de prevenção, que incluem relatório de contágio de animais com leishmaniose, borrifação e manejo ambiental.
Na Capital, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) está realizando a coleta de sangue dos cães e gatos nas residências. A meta é coletar material de 100 mil animais, e até agora as equipes atingiram metade do cronograma. Os trabalhos começaram em julho e devem terminar nos próximos 40 dias.
A coordenadora do Centro, Júlia Macksoud, explica que os trabalhos dependem do fornecimento de materiais do Ministério da Saúde. A partir de amanhã, as equipes continuam os trabalhos de coleta junto com a campanha de vacinação antirrábica. Os agentes estarão nos bairros Noroeste e Nova Campo Grande nesta primeira etapa.