
Construída com o objetivo de desafogar o Pronto Atendimento (PA), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), localizada nas imediações da rua Yamaguti Kankiti, na Vila Carioca, ainda espera a contratação de profissionais e a aquisição de equipamentos para entrar em funcionamento. A construção do prédio teve início em 2010 – a ordem de licitação foi assinada pela ex-prefeita Simone Tebet e a ordem de serviço já pela prefeita Márcia Moura – no ano passado a estrutura ficou pronta, porém, até hoje permanece fechada.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Eliane Brilhante, a maior dificuldade estaria na contratação de médicos que atendam na área de urgência e emergência. No entanto, ela disse que a secretaria não está parada e que a equipe “arregaçou as mangas” para contratar profissionais para atender na UPA. “O grande problema é que o profissional tem que ter o perfil de urgência e emergência, não pode ser qualquer médico”, explicou.
Eliane ressaltou que são necessários oito clínicos gerais e oito pediatras para compor o quadro de profissionais na UPA. A contratação de médicos pediatras, seria o maior dilema, já que não é novidade que existe uma carência grande desses profissionais no País. A Unidade de Pronto Atendimento vai funcionar como um mini-hospital e serão necessários dois clínicos gerais e dois pediatras por plantão. “Não é fácil, mas estamos trabalhando para conseguir contratar esses profissionais para que a UPA possa entrar em funcionamento”, frisou Elaine Brilhante.
Além de médicos, serão necessários outros profissionais, como enfermeiros e técnicos em enfermagem, por exemplo, para atender na unidade. Para Eliane, essa é uma tarefa mais simples de ser resolvida. A Prefeitura estuda, inclusive, a possibilidade da realização de um concurso público, ou de um processo seletivo, para a contratação desses profissionais.
EQUIPAMENTOS
Outro problema enfrentado para que a UPA entre em funcionamento é a falta de equipamentos. Contudo, segundo a secretaria, essa questão também estaria prestes a ser resolvida. A Prefeitura estaria tentando junto a Eldorado Brasil a antecipação de R$ 1,2 milhão para equipar a unidade. O recurso faz parte dos cerca de R$ 20 milhões que a empresa terá que investir em ações sociais no município, exigência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como contrapartida para financiar a construção da fábrica de celulose.
A secretária de Saúde acredita que até o final de fevereiro a UPA esteja equipada, mas não quis antecipar de onde seriam os recursos para a compra dos mobiliários e aparelhos. Hoje, ela estará em Bauru (SP) para verificar como ficará a questão da alimentação para os pacientes que ficarão internados na unidade. “É um processo demorado, mas não estamos parados. Vamos abrir a UPA com os pés no chão, pois precisamos de pessoas com qualificação, já que a unidade vai funcionar como um mini-hospital”, salientou. A previsão é que a unidade esteja funcionando até maio deste ano.