Os flagrantes de pesca predatória no período da piracema foram responsáveis pela aplicação de R$ 8.722 mil em multas entre 2009 e 2010. O resultado foi divulgado pelo 3º Pelotão da Polícia Militar Ambiental (PMA), sede em Três Lagoas, na manhã de ontem.
Segundo dados da corporação, do início do período de defeso – em outubro do ano passado – até o término, ontem, a PMA apreendeu um total de 128 kg de pescado irregular; anzois de galho; redes e embarcações.
O índice de apreensões, segundo o capitão Mauro Fernandes, comandante do pelotão, foi superior ao do ano, mas não chega a ser preocupante. “Houve um aumento de autuações, mas nada que ultrapasse as perspectivas do período. Ainda temos muitos pescadores sem a consciência de preservar agora, para ter depois”, destacou.
A piracema é o período de reprodução dos peixes, por isto a necessidade de proibição da pesca. No entanto, são os pontos de maior aglomeração de cardumes, a maior preocupação da PMA.
Mauro explica que os pontos mais críticos durante o período de defeso são: Cachoeira Branca (rio Verde), onde a corporação tem uma base fixa; região próxima à usina Engenheiro Souza Dias (Jupiá), no rio Paraná; e também na desembocadura do rio Verde no Paraná. “Nestes pontos, a fiscalização foi constante. Ainda há pescadores profissionais de Jupiá que não respeitam o período de piracema. São minoria, mas existem”, frisou.
Ao todo, a PMA aplicou dez autos de infração contra pescadores por crime ambiental durante o período de defeso – boa parte contra moradores da região. “Tivemos algumas ocorrências envolvendo turistas, mas foram poucas. A maioria foi de pessoas daqui”.
A Piracema encerrou ontem. No entanto, o comandante lembra que as fiscalizações continuam. “As fiscalizações não acabaram. Não está tudo liberado. Os pescadores terão de respeitar a legislação vigente, como a cota de peixes; tamanho mínimo de espécie, e locais onde a pesca é permanentemente proibida”.
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