A presidente Dilma Roussef comprometeu-se em encaminhar 40 professores para o curso de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Três Lagoas, previsto para ser implantado em 2014. A informação é do pró-reitor de pesquisa em pós-graduação da UFMS, Dercir Pedro de Oliveira. Ele afirmou que o município será o primeiro do interior a ter esse curso. Ele contou que em mais dois municípios – Chapadão do Sul e Coxim – já existem hospitais públicos, porém, Três Lagoas foi a escolhida devido à área estratégica na qual está localizada.
“Estamos muito próximo de São Paulo. Isso já facilita muito”, disse. Oliveira ainda ressaltou que existem grandes profissionais da medicina em São José do Rio Preto e Marília. Eles são cogitados pela universidade para lecionarem na UFMS. “Marília é uma grande referência em medicina. Temos que nos inspirar nela. Três Lagoas está muito mais próxima dela do que Coxim ou Chapadão do Sul, por exemplo”, comentou.
O desenvolvimento econômico da cidade também foi apontado como um dos fatores decisivos para que ela fosse escolhida como polo para receber o curso. Para o pré-reitor Dercir Oliveira, um município que cresce num ritmo tão acelerado precisa ter um dos cursos mais concorridos do Brasil. “Ele vai atrair estudantes de várias regiões do país. Três Lagoas ficará ainda mais conhecida, sem contar que esses estudantes vão consumir aqui, contribuindo para o aquecimento da economia local”, disse.
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UNIÃO
O projeto foi abraçado pelo governo municipal através da prefeita Márcia Moura (PMDB), pois, para que ele se torne realidade, é necessária a construção de um hospital público. Isso também depende de articulação política, pois só assim será possível buscar recursos no Congresso, em Brasília. “O Estado e o Município não têm verba para construir um hospital, pois seria necessário um investimento de pelo menos R$ 15 milhões. Vamos depender da união dos governos Municipal, Estadual e Federal”, disse.
Oliveira celebrou a iniciativa da prefeita e disse que está satisfeito com o apoio. “A UFMS vai contribuir com o hospital oferecendo mão de obra”. Entretanto, ele disse que o trabalho está apenas começando, pois será necessária a presença frequente de representantes políticos no Congresso para pressionar as comissões a fim de que esse sonho torne-se realidade o quanto antes. “Não podemos cruzar os braços. A luta por esse curso continua”, disse o pró-reitor.
