Cerca de 50 professores convocados que trabalham nas escolas estaduais, em Três Lagoas, estão sem receber salário há quatro meses. A informação é do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Três Lagoas (Sinted). Na manhã de ontem, a presidente do sindicato, Maria Diogo, e o diretor de Divulgação, Petrônio Alves Correa, participaram do programa RCN Notícias da Rádio Cultura FM no qual falaram sobre o assunto.
Três Lagoas
Professores estão sem receber pagamento há quatro meses
Governo estadual deixa cerca de 50 professores sem salário em Três Lagoas
O atraso no pagamento, segundo Maria Diogo, deve-se à mudança no sistema de planilha de lotação da Secretaria Estadual de Educação. Ela informou que, há dois meses, quando ocorreu a alteração no sistema de informática, o Sinted publicou uma nota na imprensa em defesa do pagamento desses profissionais, entretanto, dois meses depois, os profissionais continuam sem receber.
Por esse motivo, o sindicato estaria protocolando ontem uma denúncia no Ministério Público Estadual, contra o governo do Estado para que o problema seja resolvido. De acordo com Maria Diogo, o Sinted entrou em contato com a secretária interina de Educação do Estado, a qual se comprometeu em resolver a situação, mas até hoje o sindicato não obteve uma resposta sobre o assunto. “A situação já atingiu o caos. O governo tem que pagar, seja de forma suplementar ou de outra. É inaceitável que os professores fiquem sem receber há quatro meses”, salientou.
Segundo a presidente do sindicato, os docentes que estão sem receber são os convocados para dar aula no ensino regular e nos projetos Eja e Curso Normal Médio. “Na semana passada, quando saiu a folha de pagamento referente a maio, ficamos sabendo que alguns professores ainda não tinham recebido. Diante disso, o sindicato encaminhou ofício aos gestores das escolas solicitando a relação dos professores, a matrícula e o período de convocação para que as informações fossem encaminhadas para a Fetems”, informou Maria Digo.
Para Petrônio, é inconcebível, em pleno século XXI, que professores fiquem sem receber há quatro meses. “Está parecendo a época do ex-governador Pedrossian, em que os funcionários ficavam meses sem receber. Isso é um absurdo, porque os profissionais têm contas de água e energia para pagar, entre outras, mas não recebem. O pior de tudo é a falta de informação. A gente liga lá [na Secretaria Estadual de Educação] e ninguém te atende, e quando atende, é um funcionário muito mal-educado, grosso. Tudo bem, se existe a necessidade de mudar o sistema, que isso fosse feito nas férias”, comentou Petrônio.