Em Mato Grosso do Sul, há 3,7 milhões de linhas de celulares habilitadas, das quais 204,6 mil foram comercializadas no intervalo de um ano, entre janeiro de 2012 e de 2013. Essa comercialização acelerada atropela a qualidade do serviço, conforme avalia o superintendente do Procon-MS, Alexandre Rezende. Resultado: aumento acentuado de reclamações – apenas no primeiro mês deste ano, o Procon-MS registrou 135 queixas de consumidores contra empresas de telefonia, número 80% maior que as 75 atendidas pelo órgão no mesmo período de 2012. Em pouco mais de três anos, foram 3.113 reclamações.
“O que se percebe é que o ritmo de comercialização está além da capacidade das empresas de atenderem os consumidores com qualidade razoável”, afirma Rezende. Para ele, o descompasso entre vendas de celulares e qualidade dos serviços prestados pode ser notado, por exemplo, no atendimento dos call centers. “Elas (as operadoras) não estão preparadas para atender as reclamações através de seus call centers”, afirma.
De acordo com ele, problemas com a qualidade de serviço são o principal motivo das reclamações. “Mau atendimento, ligações que não completam, ligações que caem, dificuldade para ser atendido pelo call center…”, lista o superintendente algumas razões que fazem o consumidor decidir apelar ao Procon.