Enquanto que, no restante do Brasil, a balança comercial registrou o pior resultado desde 1992, em Três Lagoas as exportações seguem em alta. O município bateu novo recorde de exportações em maio, com um total de US$ 110,4 milhões destinados a outros países.
O resultado, divulgado pela Secretaria Nacional de Comércio Exterior (Secex) nesta semana, aponta um aumento de 21,97% em comparação ao mês anterior. Em abril, Três Lagoas havia exportado US$ 90,5 milhões em produtos.
O resultado da balança comercial aponta ainda que a cidade teve saldo positivo de US$ 32,7 milhões quando comparado exportações e importações. No mês de maio, enquanto eram exportados US$ 110,4 milhões, outros US$ 77,6 milhões em produtos eram destinados ao município.
Este foi o segundo mês consecutivo em que o município terminou com saldo positivo entre importação e exportação de produtos. Em abril, quando o município registrou uma queda nas importações de 35,5%, o saldo foi positivo em US$ 18,1 milhões, quando comparada entrada e saída de produtos para o mercado externo.
A celulose, ainda segundo dados da Secex, além de continuar sendo o carro-chefe das exportações tanto do município quanto de Mato Grosso do Sul, também tem garantido cada vez maior participação na balança. Segundo as estatísticas de maio, a participação do insumo industrial saltou de 90% em abril para o total de 90,38% em maio: US$ 99 milhões exportados eram de celulose. Até março, a participação desse insumo na balança comercial era de 86%.
ACUMULADO
No acumulado do ano, Três Lagoas já exportou o total a US$ 423,8 milhões, a grande maioria (99%) em insumos industriais. O resultado equivale a um aumento de quase 50% se comparado ao mesmo período do ano passado. Nos cinco primeiros meses de 2012, Três Lagoas havia exportado o equivalente a US$ 287,6 milhões em produtos. Até então a média de exportações mensal variava de US$ 50 mi a US$ 70 milhões por mês. Já neste ano a média mensal pode chegar a US$ 90 milhões/mês em exportações.
Além da celulose, responsável por US$383,1 milhões em exportações neste ano, também se destacam na balança comercial três-lagoense, o papel, com US$ 19,2 milhões e participação de 4,55% na balança; a farinha de soja, com US$ 17,9 milhões e 4,22% em participação e o óleo de soja bruto, com US$ 803 mil (participação de 0,19%). O derivado da soja ocupou, no mês passado, a posição até então de refrigeradores, que caiu para a quinta colocação com US$ 769,6 mil e participação de 0,18%.
A China, ainda segundo a balança comercial permanece como a maior compradora dos produtos com selo três-lagoense. O país é responsável pela aquisição de 39,17% (US$ 166 milhões) de tudo que é produzido no município, principalmente a celulose e o papel. Já nas posições seguintes, houve mudança, com a queda de alguns países e surgimento de outros como principais destinos da produção local. Entre elas, a Holanda passou a ocupar a segunda posição do ranking com US$ 74,3 milhões em importações (17,54% de participação), a Itália passou para a terceira colocação com participação de 16,71% (US$ 70,8 milhões importados) e a Coreia do Sul, na quarta, como destino de US$ 26,7 milhões em produtos (participação de 6,30%). Os Estados Unidos teve nova ascensão entre os países destinos, voltando a ocupar a quinta posição, US$ 11,5 milhões em produtos importados.
