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Justiça determina circulação de 70% da frota de ônibus em Campo Grande durante greve

Decisão vale a partir desta quarta-feira (17) e prevê multa de R$ 200 mil em caso de descumprimento

O desembargador César Palumbo Fernandes durante a divulgação da decisão que determina a circulação de 70% da frota de ônibus em Campo Grande durante a greve do transporte público. (Foto: Divulgação)
O desembargador César Palumbo Fernandes durante a divulgação da decisão que determina a circulação de 70% da frota de ônibus em Campo Grande durante a greve do transporte público. (Foto: Divulgação)

Em audiência realizada na tarde desta terça-feira (16), o desembargador César Palumbo Fernandes determinou que, durante a greve do transporte público em Campo Grande, pelo menos 70% da frota de ônibus esteja em circulação nos horários de maior movimento, garantindo atendimento à população e minimizando os prejuízos ao comércio local. A decisão estabelece regras específicas para os períodos da manhã, tarde e noite, e prevê multa de R$ 200 mil em caso de descumprimento.

Segundo a determinação judicial:

  • Manhã (6h às 8h30): 70% da frota em operação;
  • Entre 8h30 e 17h: 50% da frota;
  • Tarde (17h às 20h): 70% da frota;
  • Após 20h: 50% da frota em horário normal.

Durante a audiência, a Procuradora-chefe do MPT-MS, Cândice Gabriela Arosio, destacou que a prioridade é o cumprimento do direito trabalhista, enquanto se comprometem a acompanhar o processo e buscar entendimento das partes.

“Estamos aqui para cumprir o direito trabalhista. Vamos buscar entender, e acompanhar todo o processo”, afirmou.

A decisão do desembargador busca equilibrar os direitos dos trabalhadores com o atendimento à população e a proteção da atividade econômica, já que a paralisação afeta não apenas o deslocamento de passageiros, mas também as vendas e operações de comércios e serviços essenciais.

O descumprimento da determinação judicial pode resultar na majoração de R$ 200 mil, medida que reforça a obrigatoriedade do cumprimento da frota mínima.

A greve dos ônibus em Campo Grande teve início na segunda-feira (15) e impactou diversos serviços essenciais, incluindo transporte escolar, deslocamento de trabalhadores e o funcionamento do comércio. Até o momento, a prefeitura e as empresas de transporte ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a implementação da decisão.