A faxineira Eliana Guanes, de 59 anos, não resistiu aos ferimentos provocados pelas queimaduras no corpo, após ser brutalmente agredida por um peão, no Pantanal da Nhecolândia. Ela morreu no final da noite dessa sexta-feira (6), minutos após ser levada para a Santa Casa de Campo Grande.
De acordo com informações do hospital, Eliana deu entrada sem sinais vitais e a equipe do Pronto Socorro realizou sete ciclos de manobras de ressuscitação cardiorrespiratória, sem sucesso. A paciente morreu às 23h30, conforme relatado.
Eliana teve 90% do corpo queimado e foi resgatada por uma equipe aeromédica do Corpo de Bombeiros no início da noite. Ela foi entubada e transportada de avião do Pantanal para Campo Grande.
Prisão em flagrante
O autor confesso do ataque brutal à faxineira Eliana Guanes, o peão Lourenço Xavier, de 54 anos, foi preso durante a madrugada por uma equipe do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) da Polícia Militar de MS.
Lourenço estava em uma fazenda vizinha ao local do crime, onde buscou abrigo, e não ofereceu resistência à prisão. Ele teria demonstrado arrependimento aos policiais militares e disse que teve uma discussão de trabalho com a vítima.
O comandante do Bope, major Rafael Custódio Alves, informou que uma equipe do batalhão estava em viagem para o norte do estado e, por isso, conseguiu acessar a região pelo município de Rio Negro. O caminho até o Pantanal da Nhecolândia – onde ocorreu o crime -, partindo de Corumbá, não tem acesso por terra nesta época do ano devido ao fluxo das águas no período de vazante.
A viatura do Bope ainda está em viagem com o preso. Neste momento a equipe segue rumo a Corumbá, depois de ter passado pelos municípios de Aquidauana e Miranda.
O percurso alternativo, devido às áreas alagadas no Pantanal, aumentou a distância em cerca de 350 quilômetros e resultou em uma viagem de aproximadamente 550 km.
Lourenço será encaminhado à Polícia Civil para prestar depoimento e passar por audiência de custódia.