
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul (Sindjor-MS) divulgou nota nesta segunda-feira (15) na qual repudia a atitude da Prefeitura de Campo Grande, sob a gestão da prefeita Adriane Lopes (PP), por impedir a participação de veículos de imprensa em uma coletiva oficial realizada no Paço Municipal.
Segundo a entidade, a medida foi adotada durante coletiva de imprensa que tratava da greve do transporte coletivo urbano. Na ocasião, profissionais dos veículos Top Mídia News, Correio do Estado e Total News tiveram a entrada barrada na sede do Executivo municipal, localizada no centro da Capital.
O Sindjor-MS classificou a ação como antidemocrática, afirmando que a restrição ao acesso da imprensa compromete o direito à informação e fere princípios constitucionais relacionados à liberdade de imprensa e à transparência pública.
Ainda de acordo com o sindicato, veículos que mantêm postura crítica em relação à administração municipal, especialmente ao divulgar denúncias ou questionamentos sobre a gestão, vêm enfrentando retaliações institucionais por parte do Executivo.
Para a entidade, ao impedir oficialmente a presença de veículos com linhas editoriais divergentes em eventos públicos, a prefeita incorre em prática de censura, afastando-se dos valores democráticos e do dever de prestar contas à sociedade.
O Sindjor-MS reforçou que agentes públicos, especialmente chefes de Poder, estão sujeitos ao escrutínio público e que a atuação da imprensa é parte fundamental do funcionamento da democracia.
Até a publicação desta matéria, a Prefeitura de Campo Grande não havia se manifestado sobre o episódio.