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Campo Grande, 24 de abril

Confiança nas urnas eletrônicas em MS fica abaixo de índice nacional, aponta IPR

Os números foram levantados nas 15 principais cidades de Mato Grosso do Sul

Por Nyelder Rodrigues
04/04/2022 • 14h10
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Enquanto pesquisa recente da Datafolha indica que a confiança dos brasileiros na segurança das urnas eletrônicas é de 82%, outro estudo feito nas 15 principais cidades sul-mato-grossenses aponta um índice inferior para o Estado: apenas 66%. É o que mostra o trabalho realizado pelo IPR (Instituto Pesquisa Resultado).

O diretor do instituto, Aruaque Fressato Barbosa, comentou na manhã desta segunda-feira (4) os números do trabalho feito com exclusividade para a CBN Campo Grande. Veja abaixo como foi a entrevista:

Ao todo, 378 pessoas foram ouvidas pelo IPR, sendo que quase metade tinha nível de escolaridade médio ou superior incompleto, enquanto o nível superior foi verificado em quase 30% das pessoas que integraram a pesquisa de opinião.

Com 66,93% das pessoas afirmando que confiam nas urnas eletrônicas, 28,30% - arrendondando, uma em cada quatro entrevistados - disseram não confiar no equipamento usado pela Justiça Eleitoral nos pleitos de escolha dos representantes do povo no Executivo e Legislativo. Já o total de entrevistados que não quiseram responder ou não souberam foi de 4,76%.

"O índice de confiabilidade das urnas na minha opinião é relativamente baixo. Não temos a comprovação de nenhuma fraude, mesmo após vários testes. Em Mato Grosso do Sul, em comparação com o país, a diferença é relativamente alta", comenta Aruaque.

O pesquisador ainda frisa sobre a importância das pesquisas. "As pesquisas nos auxiliam muito nas tomadas de decisões, principalmente para combater o que chamamos de pós-verdade, que é quando o apelo a emoção e as crenças tem mais influência de moldar a opinião pública do que os fatos objetivos", complementou o diretor do IPR.

"Às vezes fazemos certos tipos de pesquisas e algumas pessoas contestam, principalmente quando o resultado não é aquilo que elas querem e acreditam. Aí abre para todo tipo de contraditório, contestando fatos como a eficácia da vacina, a legitimidade de pesquisas eleitorais. Nosso trabalho é fazer essas pesquisas para mostrar realmente o que está acontecendo", frisa.

Finalizando sua participação no Jornal CBN Campo Grande, Aruaque também destaca que as pesquisas são feitas a partir de uma metodologia, um trabalho cientifico, diferente do que ocorre com enquetes. "Não é um chute. Se seguir a metodologia à risca, ela traz resultado".

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