
O Centro Cultural “Professora Irene Marques Alexandria”, no bairro Colinos, recebe neste sábado (12), a partir das 18hs, a troca de cordas (o mesmo que troca de faixas nas artes marciais) da Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte da Capoeira (Abadá-Capoeira). As cordas são trocadas geralmente de seis em seis meses.
“Depende também da evolução do aluno. Se evoluir bem, pode pular uma corda. Não precisa seguir necessariamente a ordem delas. Mas também se os professores acharem necessário, podem segurar um pouco a graduação de determinado aluno”, explicou o professor José Augusto, o “barata”, um dos organizadores do evento.
Um total de 40 capoeiristas devem participar da graduação. As avaliações são feitas durantes as aulas, de acordo com o ritmo, disposição e fundamento de rodas, hora certa de entrar e sair da roda, além do aprendizado com instrumentos musicais pertencentes na capoeira.
Considerada uma festa pelos praticantes, a troca de cordas terá também apresentações culturais. “Para incrementar o evento será praticada a dança do Maculelê. As pessoas acham que é uma coisa ruim, que tem a ver com terreiro, macumba, essas coisas. Mas não tem nada a ver com isso”, frisou o outro organizador, Tchesco Pereira.
A dança acredita-se tenha começado com negros escravos e caracteriza-se pelo uso de bastões. Barata se mostrou muito satisfeito com a evolução dos capoeiristas da associação. “É o sonho de todo o professor em qualquer área ver que a as aulas vem sendo compreendidas pelos alunos. Dá muito prazer ver que eles estão construindo isso”, frisou.
O evento será aberto com a dança de hip hop dos internos do projeto Desafio Jovem Peniel, para dependentes químicos em recuperação. Na sequência, virá a dança do Maculelê e depois a troca de cordas.