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ONU pede "investigação imediata" de violência e mortes em presídio

A ONU (Organização das Nações Unidas) pediu hoje uma "investigação imediata, imparcial e efetiva" em relação às recentes cenas de violência e decapitação no presídio de Pedrinhas, no Maranhão.

Questionado pela reportagem sobre as imagens reveladas ontem pela Folha de S.Paulo, o Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU disse, por meio de nota, "lamentar mais uma vez" a preocupação com o que classifica de "terrível estado" das prisões brasileiras. 
 
"Lamentamos ter que, mais uma vez, expressar preocupação com o terrível estado das prisões no Brasil e apelar às autoridades a tomar medidas imediatas para restaurar a ordem na prisão de Pedrinhas e em outras prisões pelo país, bem como para reduzir a superlotação e oferecer condições dignas para pessoas privadas de liberdade", disse o órgão, sediado em Genebra (Suíça). 
 
Sobre as imagens mostrando corpos decapitados no presídio de Pedrinhas, a ONU respondeu: "Apelamos às autoridades brasileiras para realizar uma investigação imediata, imparcial e efetiva dos fatos e processar as pessoas consideradas responsáveis". 
 
O Alto Comissariado para os Direitos Humanos é a instância máxima das Nações Unidas no combate à violação dos direitos humanos pelo mundo. 
 
"Estamos incomodados por saber das conclusões do recente relatório do Conselho Nacional de Justiça, revelando que cinquenta e nove detentos foram mortos em 2013 no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão, assim como as últimas imagens de violência explícita entre os presos libertados", disse.