Jovens que fazem cursos técnicos, de qualificação ou faculdade tecnológica – a chamada educação profissionalizante – aumentam em 48% as chances de conseguir trabalho, se comparados a quem nunca teve este tipo de estudo. A oportunidade de ter um emprego com carteira assinada também cresce em 38%, neste caso.
Os dados fazem parte de um estudo inédito divulgado nesta quarta-feira (26) pelo Centro de Políticas Sociais da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e pelo Instituto Votorantim. O levantamento usa dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), de 2007, e da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), entre 2002 e 2010.
Os salários também são maiores para a educação profissional. Quem fez curso técnico recebe 15% a mais do que quem não fez. No caso de curso de qualificação, o aumento varia de 1,5% (para quem fez curso de informática) a 12% (para quem fez cursos de saúde, como enfermagem, e na área de gestão). No geral dos cursos profissionalizantes, o aumento é de 13% na remuneração.
Estudar em uma Fatec (Faculdade de Tecnologia) ou em cursos superiores tecnológicos permite ter um salário 23% maior do que quem não têm o nível estudo. Nas Fatecs de São Paulo, aliás, o índice de alunos empregados é de 93% do total de 40 mil estudantes.
Autor do estudo e coordenador do centro da FGV, Marcelo Neri afirma que os dados mostram que diferentes trajetórias educacionais têm impacto no mercado de trabalho.
– A ideia é ajudar os estudantes a tomar decisões respeitando suas vocações.