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Produção recua 0,2% em novembro e interrompe recuperação

Nem mesmo com o câmbio mais favorável a indústria conseguiu sustentar a tendência de recuperação de outubro e registrou queda de 0,2% em novembro, na comparação com o mês anterior. 

Em outubro, o setor havia mostrado uma expansão de 0,6%, na terceira alta mensal seguida. Os dados foram divulgados na manhã de hoje pelo IBGE. 
 
Embora negativo, o resultado de novembro veio acima do previsto pelo mercado, cujas projeções apontavam para uma queda mais intensa, da ordem de 1% frente a outubro. 
Em relação a novembro de 2012, houve alta de apenas 0,4%. Já no acumulado do ano, a produção registrou crescimento de 1,4%. Nos 12 meses encerrados em novembro, a indústria apresentou avanço de 1,1% e deve fechar o ano num patamar próximo a esse, segundo especialistas. 
 
Nos três meses de crescimento encerrados em outubro, o setor fabril havia acumulado uma alta de 1,6%. Tal resultado, porém, não foi suficiente para zerar as perdas de maio a julho, quando, na média, a indústria teve uma perda de 2,3%. Agora, a indústria volta a sucumbir diante de uma produção frustrante para o Natal, cujas vendas do varejo também não foram bem. 
 
O desempenho ocorre num momento difícil para o setor, que sofre com juros mais altos, crédito restrito e confiança dos empresários debilitada. O menor otimismo se traduziu na queda dos investimentos no terceiro trimestre e na consequente retração do PIB (de 0,5%) em relação ao segundo trimestre. 
A indústria sofre ainda com a maior concorrência de importados e sente ainda dificuldades para colocar seus produtos no mercado externo, contraído diante do baixo crescimento da economia mundial. 
 
Setores 
O fraco desempenho de outubro para novembro ocorre por conta perda de fôlego da indústria automobilística. O setor de veículos automotores registrou retração de 3,2%, a segunda consecutiva nessa base de comparação. 
 
Também pesaram as quedas de máquinas e equipamentos (-3%), edição e impressão (-5,3%), equipamentos médico-hospitalares (16%) e indústria extrativa (2,7%). 
 
Já as altas de destaque ficaram com farmacêutica (9,6%), refino de petróleo e produção de álcool (4%), equipamentos de informática (3,8%) e produtos químicos (3,3%).