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Sindivest espera aumento de 20% na produção em 2010

Conforme o presidente da Sindivest, são 490 empresas, responsáveis pela geração de quase 12 mil empregos

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As ações do Sistema Fiems e a decisão do Governo do Estado de prorrogar os benefícios fiscais favoreceram o desenvolvimento do setor têxtil e do vestuário em Mato Grosso do Sul neste ano, segundo avaliação do Sindivest/MS (Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vestuário, Tecelagem e Fiação do Estado). Hoje, conforme o presidente José Francisco Veloso Ribeiro, são 490 empresas, responsáveis pela geração de quase 12 mil empregos diretos.

Conforme ele, diante do cenário positivo, a expectativa é de crescimento de 20% na produção para o próximo ano. “Tivemos importantes conquistas em 2009, provocadas pela atuação do Sistema Fiems, do próprio Sindicato e do Governo no sentido de atrair novos empreendimentos para o Estado. É importante destacar que conseguimos sensibilizar o governador André Puccinelli para que entendesse o papel estratégico do setor na geração de emprego, o que não significa apenas faturamento, mas melhoria da qualidade de vida a população”, analisou.

José Veloso destaca que nesse sentido foi fundamental a manutenção do incentivo fiscal para a indústria até 2021, o que fez com que aumentasse o interesse de industriais em implantarem novas empresas no Estado. Ele pontuou ainda que o atual cenário faz com que a entidade trabalhe com a expectativa de crescimento de 20% no próximo ano. “Já temos algumas empresas com processo em andamento para que implantem aqui suas fábricas, motivadas pelos incentivos fiscais que tornam a indústria mais competitiva e os benefícios disso serão sentidos em todo o Estado”, afirmou.

Além disso, reforça o líder sindical, o empenho do Sistema Indústria é um dos principais combustíveis para o desenvolvimento do setor, com destaque para as ações de estrutura ofertada pelo Senai para treinamento da mão-de-obra, estruturando centros técnicos em Campo Grande, Três Lagoas e Dourados. “Não podemos esquecer dos trabalhos desenvolvidos com a coordenação do IEL, como o PDA, voltado à capacitação dos diretores do sindicatos, e as ações de lazer, cultura e educação desenvolvidas pelo Sesi, como os cursos gratuitos da Educação Continuada”, lembrou.

Atrativos

A assinatura do Decreto n° 12.774, que mantém a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em zero até 2010, aumentando para 0,6% (desconto de 95%) em 2011 e para 1,2% (desconto de 90%) a partir de 2015, mantém Mato Grosso do Sul entre os três primeiros Estados em competitividade fiscal e tributária para que novas empresas aqui se instalem e não apenas mantenha as que já estão em operação. “Após a certeza da manutenção do incentivo, pelo menos cinco novas empresas vão se instalar no Estado, gerando em torno de 4,5 mil novos empregos em um prazo de 18 meses”, pontuou o presidente do Sindivest/MS.

Segundo José Veloso, a manutenção do benefício fiscal para as indústrias do vestuário de Mato Grosso do Sul atrairá investimentos de pelo menos R$ 30 milhões com a instalação de novos empreendimentos. “O incentivo concedido pelo Governo do Estado é um dos melhores do Brasil e a expectativa é de que os investimentos sejam ainda maiores já que há outras empresas só estão aguardando a assinatura do decreto”, analisou.

Ainda de acordo com ele, somente em Campo Grande já estão garantidos investimentos de R$ 20 milhões na instalação de quatro grandes indústrias de confecção, com geração de três mil empregos. “No interior, há interesse para implantação de empreendimentos nos municípios de Mundo Novo, Três Lagoas, Paranaíba, Dourados, Nova Andradina e Naviraí. O setor é um dos que mais cresce graças ao apoio do governo estadual, através dos incentivos fiscais diferenciados em comparação aos demais Estados, e dos municípios que oferecem também redução de impostos e áreas para a construção da estrutura física”, explicou.

Entre as empresas que estavam esperando apenas a assinatura do decreto para iniciar o processo de instalação está a Barred’s Moda Feminina, Gregory Moda Feminina e Camisaria Colombo. De acordo com a representante das três indústrias, Aline Cardoso, hoje o processo é de consolidação da vinda para Campo Grande graças ao decreto assinado pelo governador, pois ainda havia uma dúvida de que o benefício fiscal não fosse renovado ao fim deste ano pelo Estado.

Aline Cardoso completa que a instalação da Barred’s em Campo Grande é a que está mais avançada com o início da montagem da fábrica. “Estamos trabalhando nessa direção e acreditamos que ela deve gerar pelo menos 500 empregos diretos. As outras duas não temos a estimativa, mas somando as três acreditamos que serão mais de mil empregos diretos”, declarou a representante da empresa.