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Três Lagoas

Alojamento de trabalhadores é alvo de investigação do MTP

Inquérito, que pode virar ação, foi gerado por conta de denúncias de más condições para os operários

No alojamento, camas estão quase destruídas e a cozinha é feita no chão -
No alojamento, camas estão quase destruídas e a cozinha é feita no chão -

O Ministério Público do Trabalho de Três Lagoas abriu inquérito civil público para apurar as condições do alojamento dos trabalhadores que prestam serviço para a empresa Franco Ribeiro Construções Ltda de Goiás, responsável pelas obras de construção do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS). Os trabalhadores procuraram o ministério para reclamar das más condições do alojamento em que eles ficam abrigados, da qualidade da comida, entre outras questões trabalhistas.

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e Imobiliário (SINTRICOM) de Três Lagoas também está sob investigação, conforme o inquérito civil público aberto em junho do ano passado. O MPT investiga possíveis irregularidades no acordo coletivo entre o sindicato e a empreiteira Franco Ribeiro. O novo presidente do Sindicato da Construção Civil, Agmar Luiz de Souza, disse desconhecer que a entidade está sob investigação. Ele argumentou que o sindicato fez as denúncias no MPT em relação às péssimas condições do alojamento, entre outras reclamações feitas pelos trabalhadores.

Agmar Luiz disse que, no mês de agosto, o sindicato fez a primeira visita no alojamento, onde foram constatadas as más condições no local. Na ocasião, os trabalhadores reclamaram também da falta do reembolso das passagens, da alimentação, entre outras questões. A empresa, segundo ele, havia se comprometido em tomar as providências necessárias. Apesar disso, em outubro passado, novas denúncias foram feitas. No mesmo mês, foi realizada uma reunião entre o sindicato, uma comissão de trabalhadores e representantes da empreiteira, a fim de resolver os problemas. Segundo o presidente do Sindicato, foi assinado um documento em que a empresa se comprometia em tomar as providências necessárias.

Confira a matéria completa na edição Nº 4.857, de 5 de janeiro, do Jornal do Povo.