
A unidade do Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (Caps/AD) passará a atender em novo endereço nos próximos dias. De acordo com o enfermeiro e coordenador do Caps/AD, Afrânio Augusto Alencar Azambuja, o novo prédio, localizado na avenida Eloy Chaves, já foi adquirido. A mudança começará a ser feita na próxima segunda-feira.
O novo prédio é mais amplo e atende às exigências do Ministério da Saúde (MS) para que o Caps/AD passe a funcionar 24 horas por dia. Porém, ainda não há previsão sobre quando os serviços serão estendidos. Segundo Azambuja, o projeto deve ser concluído ainda neste ano. “Com um espaço adequado, poderemos nos cadastrar no estado de MS para que o atendimento seja oferecido 24 horas por dia. Mas tudo depende também de ampliar significamente o quadro de funcionários”, disse. “O importante é que já demos o primeiro passo”, comemorou.
A nova estrutura conta com quadra esportiva, várias salas e é bastante arborizado. Segundo Azambuja, inicialmente, haverá oito leitos – quatro femininos e quatro masculinos. “Quando passarmos a atender 24 horas, nossos pacientes poderão ficar na unidade por até 14 dias”, explicou. O objetivo do novo tipo de atendimento é oferecer apoio integral aos dependentes químicos.
MELHORIAS
No novo prédio será possível aumentar o número de oficinas terapêuticas. Uma das novidades, segundo Azambuja, será a oficina de esportes e de geração de renda – cursos profissionalizantes que preparam os pacientes para o mercado de trabalho. Será montada ainda uma sala de alfabetização. “A nossa intenção é trazer o Educação de Jovens e Adultos [EJA] para a unidade”, disse.
Atualmente, o Caps/AD atende a cerca de 200 pessoas. Os pacientes são acompanhados por médico psiquiatra, clínico geral, psicólogo, assistente social, fisioterapeuta e educador físico. Durante o tratamento, não existe uma data definida para que eles tenham alta. Geralmente, o próprio paciente decide quando já está se sentindo seguro de que não vai mais usar nenhum tipo de droga. “Alguns mantiveram o tratamento por seis meses, outros por pouco menos. Temos também quem frequenta a unidade desde que ela foi fundada e não pretende abandoná-la”, comentou o coordenador.
Em casos extremos (quando o usuário oferece risco a si próprio e às demais pessoas à sua volta), ele é encaminhado à clínica psiquiátrica de Paranaíba. O paciente fica internado durante um mês. Após esse período, ele retoma o tratamento no CAPS/AD.