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Três Lagoas

Carteiros de Três Lagoas estão sobrecarregados de trabalho

Esses profissionais precisam trabalhar dobrado para conseguir atender à demanda. Alguns deles chegam a ficar doentes

Carteiros precisam trabalhar muito para darem ?conta do recado? -
Carteiros precisam trabalhar muito para darem ?conta do recado? -

Os carteiros dos Correios de Três Lagoas estão sobrecarregados a ponto de ficarem doentes devido ao desgaste físico. É o que informa o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, Telégrafos e Similares de Mato Grosso do Sul (SINTECT/MS), Alexandre Takashi. De acordo com ele, os profissionais precisam trabalhar dobrado para conseguirem entregar as correspondências dentro do prazo. Conforme Takashi, eles precisam fazer horas extras e ainda trabalhar aos sábados para concluírem as entregas. “Caso eles não estiquem os horários, as correspondências atrasariam”, disse.

A situação pode piorar ainda mais com as duas novas portarias do Ministério das Comunicações, publicadas no dia 30 de dezembro. Elas visam à entrega das correspondências simples em cinco dias. Já as encomendas não urgentes deverão ser entregues em até 10 dias úteis. Os Correios deverão cumprir esses prazos em 95% do total das suas correspondências.

Segundo Takashi, dificilmente os carteiros do município darão conta de atender a essas exigências, pois o efetivo é insuficiente. Ele disse ainda que a incidência de carteiros que acabam sendo encostados por problemas de saúde é considerada alarmante, fato que pode prejudicar ainda mais as entregas. Contou que, mensalmente, realiza uma visita ao município para vistoriar o trabalho desenvolvido pelos funcionários. Durante essas visitas, ele precisa ter acesso ao número de faltas dos trabalhadores, além dos atestados médicos e pedidos para afastamento por doença. “Todas as vezes em que chego ao município sou informado de que pelo menos seis funcionários estão afastados. O número é bastante alto”, disse.

Takashi disse ainda que Três Lagoas está entre as cidades onde a situação dos carteiros está mais crítica. Ele destacou que seria necessária a contratação de pelo menos mais 10 carteiros para que a demanda seja atendida sem sacrifícios. “A cidade tem crescido muito, mas o número de carteiros não. Dessa forma, fica difícil atender à demanda sem esticar o horário”, completou. 

Quantos aos atrasos das entregas que ainda são motivos de reclamação por parte da população, Takashi disse que eles ocorriam por conta da distribuição nacional. “As correspondências do interior chegam primeiro a Campo Grande já com atraso e, consequentemente, a distribuição para o interior acaba atrasando também. Os carteiros não são os responsáveis pelos atrasos”, explicou.

CORREIOS
A assessoria de comunicação dos Correios informou, por meio de uma nota, que o município conta com 31 carteiros, que eles têm conseguido atender à demanda e que apenas quatro estão de licença médica. Ela disse ainda que a entrega das correspondências no município está normalizada e que, às vezes, é necessário fazer horas extras. Porém, eles são remunerados para isso. Em média, os carteiros entregam 13 mil correspondências por dia.