Os comerciantes de Três Lagoas não têm do que reclamar em relação às vendas do Natal 2010. Das sete empresas consultadas no centro da cidade pela reportagem do Jornal do Povo, cinco garantiram que as vendas superaram o ano de 2009. Em duas delas, do seguimento de móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, a gerência informou que não tinha a autorização de superiores para divulgar qualquer dado sobre as vendas.
A média do aumento nos lucros dentre as outras cinco consultadas ficou em 18%. O dado é no mínimo curioso, levando em conta pesquisa divulgada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), mostrou que 57% dos brasileiros iriam usar o 13º salário para quitar dívidas. Os próprios comerciantes informaram também sobre a existência de uma “conversa” de que as vendas deste final de ano não estavam sendo boas para o comércio três-lagoense, estaria se propagando entre eles. Conversa esta que foi prontamente negada pelos números informados.
“Não vendemos como esperávamos, mas posso dizer que as vendas foram boas. As pessoas estão um pouco cautelosas com esta mudança de governo”, disse Roziclair Shimizu, caixa de uma loja de material esportivo, que constatou cerca de 10% de aumento nas vendas em relação ao ano passado.
O proprietário de uma loja de chinelos, Luciano Carvalho, vibrou com a grande alavancada do ramo. “Para a gente aqui foi muito bom. Chegamos a 25% a mais nas vendas. Teve família que decidiu fazer amigo secreto com chinelos”, contou. Em uma loja popular de roupas a porcentagem foi também foi considerada boa.
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Vendemos entre 5 e 10% a mais que em 2009”, disse Laine Queiroz, gerente do estabelecimento.
Na loja de perfumes a única vendedora que estava no local, e não fazia parte do quadro de funcionários no Natal anterior, comparou as vendas com os meses “normais”. “Foi ótimo nosso fim de ano. Melhor que o dia das Mães. Vendemos 20% a mais com certeza”, salientou Vanda Santiago.
Outro segmento que vendeu acima do esperado foi o de celulares. “Aumentamos o faturamento em 25%. A operadora investiu alto em propaganda e em promoções”, explicou Odair Longhi Junior, proprietário. A maioria dos entrevistados concordou que só não venderam mais porque muitos consumidores “seguram” um pouco nesta época, devido as contas do início do ano, como Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), material e matrículas escolares.
